Marcelo Rebelo de Sousa vence presidenciais

Projeções dão vitória ao actual presidente da república com uma votação que pode chegar aos 62%

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Os portugueses escolheram e o vencedor das presidenciais portuguesas de 2021, que aconteceram (provavelmente) no período mais “negro” da pandemia no país, foi Marcelo Rebelo de Sousa. O presidente fez toda a campanha sem recorrer a cartazes e redes sociais. Seguem-se André Ventura e Ana Gomes numa luta acessa pelo segundo lugar. O líder do CHEGA chegou mesmo a afirmar que se demitiria do partido caso fica-se atrás da antiga embaixadora.

Na eleição que prometia ser a mais fácil dos últimos anos, o grande vencedor foi a afluência popular e um maior engajamento político, especialmente nas camadas mais jovens que traduziram a sua participação nas redes sociais para um voto de mudança na continuidade. Esta foi a décima vez que os portugueses escolheram o seu máximo representante.

Uma semana depois do voto antecipado, que foi algo contestado por causa das longas filas, os portugueses, fora e dentro de “portas”, ocorreram as urnas, contrariando os avisos de chuva e da Covid. A máscara, o gel e a caneta foram os grandes amigos dos eleitores. No dia em que era possível circular, a ida às urnas ocorreu até às 19 horas e sem grandes sobressaltos. Até às 12 horas, 17% dos portugueses votaram. Este número é superior ao das últimas duas eleições presidenciais. Mesmo assim, a abstenção foi de 60%.

Doze mil mesas de voto, devidamente higienizadas e com as distâncias necessárias, garantiram que a democracia não entrava em confinamento. A organização destas eleições, que ficou a cargo da Proteção Civil e de um grupo de voluntários, foi amplamente elogiada por todos os candidatos. O antigo presidente da república, Cavaco Silva, considerou mesmo que a participação dos portugueses nestas eleições são uma lição de civismo em tempos de adversidade e onde as posições demonstram estar mais extremadas.

O “novo” presidente da república vai receber um país mergulhado na pandemia, em crises económicas e sociais, com as contas públicas em desiquilíbrio e a espera dos apoios económicos que virão da Europa. A tomada de posse vai acontecer a 9 de Março.

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