Os países ibero-americanos reivindicam o papel da inovação e a cooperação para combater o coronavirus

Andorra e a SEGIB organizaram uma reunião contra a crise do coronavirus, um encontro preparatório da XXVII Cimeira Ibero-americana

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A Secretaria Pro Tempore de Andorra (SPT) e a Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) organizaram, nesta terça-feira, uma reunião extraordinária de alto nível de ciência, tecnologia e inovação contra a crise do coronavirus, um encontro telemático e preparatório da XXVII Cimeira Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo que inicialmente não estava prevista mas que se decidiu levar a cabo tendo em conta o contexto surgido da crise do coronavirus. Ministros e altos representantes dos 22 países que formam parte da Conferência Ibero-americana partilharam experiências sobre a aplicação da ciência, a tecnologia e a inovação para enfrentar a pandemia e as suas consequências.

O encontro (que girou à volta de três eixos temáticos: investigação biomédica, inteligência artificial e saúde pública; inovação tecnológica e reprogramação industrial, e sociedade digital) quis ser em fórum onde poder “partilhar lições apreendidas e por apreender”, por palavras do Ministro de Presidência, Economia e Empresa Andorrano, Jordi Gallardo, quem salientou o facto de que conseguiu-se expor experiências sobre como cada país pôs a ciência, a tecnologia e a inovação “ao serviço da saúde” e como estes elementos contribuíram à gestão da crise sanitária. Neste sentido, os três eixos temáticos da reunião evidenciam pontos em comuns dos diferentes estados nesta luta contra o coronavirus e também desafios partilhados, um facto do qual se concluiu a necessidade de uma maior cooperação no espaço ibero-americano.

No que diz respeito a atual Presidência da Conferência Ibero-americana, Andorra expôs e pôs ao serviço dos países ibero-americanos o “modelo” o rastreio duplo populacional que, tal como explicou o Ministro de Saúde, Joan Martínez Benazet, contou com “uma vertente científica e também diagnóstica”, dado que não só serviu para detetar casos que não tinham sido detetados mas também para “conhecer melhor” a doença. Este estudo, salientou o titular da saúde andorrano, pôr-se-á à disposição da comunidade científica internacional para que se disponha de um maior conhecimento do Covid-19. Desde Andorra também se salientou o facto que embora ter uma incidência da doença de 1.100 casos por cada 100.000 habitantes, ou seja, similar à de grandes capitais europeias, não se colapsou o sistema sanitário. Isto foi assim, enfatizou o titular de Saúde, graças a gestão da crise que fez o país.

A resta dos países participante na reunião extraordinária expuseram as suas experiências em um debate que, tal como salientou Gallardo, fixava-se como uma das finalidades de reforçar a ideia da cooperação, expor que “juntos” os países podem ser “mais eficazes para proteger os cidadãos, o sistema de saúde pública e a economia” e ainda mais se pesquisam soluções inovadoras. Neste sentido, o titular andorrano de Presidência, Economia e Empresa insistiu na ideia que desta crise podem sair novas oportunidades. Desta maneira, países com Espanha, representada pelo seu ministro de Ciência e Inovação, Pedro Duque, expuseram projetos que se estão a impelir, com por exemplo o trabalho para obter uma vacina contra o coronavirus antes que acabe o ano.

Precisamente sobre as evidências desta crise, a Secretária Geral Ibero-americana, Rebeca Grynspan, manifestou que a pandemia atual patenteou a “necessidade de dispor de sistemas de saúde robustos” e também de investir em os recursos necessários em ciência e tecnologia. Grynspan manifestou que a crise demonstrou o “valor da ciência, a tecnologia e a inovação para salvar vidas” e enfrentar os desafios económicos e sociais e quis enfatizar o valor da solidariedade e da cooperação para poder ultrapassar a situação atual. A crise, concluiu a Secretária Geral Ibero-americana, “renovou o compromisso com a cooperação” e também com a Agenda 2030.

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