Saúde ignora Fórum Cívico Ibérico e não admite português nos PCRs

O Ministério da Saúde negou a possibilidade de apresentar em português os testes PCR, necessários para entrar em Espanha

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No passado mês de Dezembro de 2020, o Fórum Cívico Ibérico, integrado por várias associações e entidades da península, apresentou um pedido ao Ministério da Saúde de Espanha, solicitando a inclusão do português entre as línguas admitidas nos testes de PCR.

Segundo o site oficial do Ministério da Saúde, “o documento comprovativo deve ser o original, redigido em espanhol, inglês, francês ou alemão e poderá ser apresentado em papel ou em formato electrónico. O teste deve ser realizado nas 72 horas anteriores à chegada à Espanha”.

Os representantes do Fórum, coordenado pela Plataforma Ibérica, perceberam que são muitas as razões pelas quais a língua portuguesa deve ser aceite. Entre eles estão os enormes laços comerciais entre os países ibéricos, o carácter universal da língua de Camões, com mais de 250 milhões de falantes em todo o mundo, e a semelhança com o espanhol que facilita qualquer tradução, especialmente a escrita. A esses factores deve ser adicionado o prejuízo comparativo que envolve a inclusão de outras línguas que também têm menos falantes globalmente.

Este pedido foi considerado oportuno e daria a oportunidade ao Governo de rectificar esta decisão mas o ministério respondeu negando esta possibilidade. No entanto, o gabinete indica: “levaremos em consideração todas as suas observações ao fazer melhorias e modificações futuras nos procedimentos de controlo sanitário para viajantes internacionais nos pontos de entrada”.

A explicação dada pelas autoridades governamentais indica: “devido ao grande número de pessoas que têm que fazer os controlos, tivemos que limitar os idiomas para os quais tínhamos garantias de poder fazer os controlos adequadamente”.

Os porta-vozes do fórum consideraram a justificativa “um tanto forçada, embora consideremos positivo o tom da carta do Ministério e o compromisso de atender às nossas demandas em procedimentos futuros”.

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