Vários meses após a França e a China terem apostado nas aplicações digitais como forma de combate a Covid-19, o governo português deu luz verde a uma app de rastreio que ajudará a identificar cadeias de transmissão. Isto tudo tendo em conta a privacidade dos utilizadores voluntários que possam ficar infectados.
Com a app «StayAway», que brevemente estará disponível na loja virtual da Apple e pode ser usada nos dispositivos Androids, será informado se esteve em contacto ou não com pessoas infectadas. Para tal, os dois telemóveis terão que ter estado a menos de dois metros um do outro durante um período superior a 15 minutos. Segundo os responsáveis deste projecto, que é uma parceria entre a academia e o governo, os dados são confidenciais (já que vai ser possível saber o nome da pessoa em questão ou o local onde esta interacção decorreu) e os dados serão apagados 14 dias após o ocorrido, o período de incubação da doença.
O «Big Brother» e a privacidade
A falta de privacidade e a intromissão estatal são os principais argumentos mais utilizados por aqueles que se apresentam contra estas app’s, que em outros países já tiveram o seu apogeu e seguinte queda, mas que em Portugal espera-se que, após vários sobressaltos (tanto técnicos como teóricos), entre em funcionamento a tempo do Outono e de uma possível segunda vaga. A app «StayAway» estará ligada a outras aplicações do género europeias, o que vai permitir a que um espanhol que fique infectado após férias em Portugal possa reportar está situação e lançar o alerta.