A cidade de Sines vai receber um novo investimento, que promete ser um dos mais estratégicos para Portugal nas próximas décadas. O data center, que será o maior investimento com capitais estrangeiros desde a construção da fábrica da Autoeuropa, terá cinco edifícios com capacidade útil de fornecimento de 450 Megawatts de energia aos servidores deste centro verde que será um dos maiores da Europa e pretende responder a uma procura casa vez mais crescente dos serviços tecnológicos.
O projecto «Sines 4.0», que vai ser sedeado no berço do navegador Vasco da Gama, vai receber um mega data center que vai ter um custo de 3,5 mil milhões que vai criar 1200 empregos directos qualificados (8.000 indiretos até 2025). A localização estratégica, comprovada com a inauguração do cabo submarino de fibra óptica que vai unir Sines a Fortaleza, e a aposta nas energias renováveis (como o hidrogénio verde e a energia solar, que é a mais barata do mundo) foram alguns dos aspectos que levaram a que um consórcio anglo-americano escolhe-se Portugal para realizar este investimento que irá ajudar o país para uma transição energética e tecnológica.
Este não será o único investimento em Sines pois uma das medidas do plano de Costa e Silva prevê a construção de um eixo ferroviário que ligue o porto de águas profundas, um dos mais atractivos do continente, a Madrid, o que permitirá um transporte mais eficiente não só de passageiros mas especialmente de mercadorias.
Desde a chegada da «Web Summit» ao país Portugal tem se tornado num hub tecnológico muito apetecível para investidores e startups de várias latitudes. O primeiro-ministro António Costa considera este projecto bastante simbólico e uma «reparação» histórica pelo atraso sofrido durante a revolução industrial.