O TRAPÉZIO está no Brasil para cobrir uma homenagem a Gilberto Freyre e João Cabral de Melo Neto

Ambos intelectuais brasileiros eram hispanófilos e deixaram sua pegada na Península Ibérica

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Para celebrar a memória destes autores e a atualidade de suas obras, a Fundaj realiza, entre os dias 4 e 6 de dezembro, o Seminário Internacional Casa-Grande Severina: 120 anos de Gilberto Freyre, 100 anos de João Cabral de Melo Neto. O TRAPÉZIO viajou para o Brasil para cobrir e participar neste seminário de dos brasileiros hispanófilos e iberistas.

“O mundo que começa no Recife, começa na Península Ibérica [que compreende a Espanha e Portugal], no continente europeu, e começa também na África. Os dois autores, em meio a suas aproximações e diferenças se voltam para este mundo, que é um mundo só”, reflete Mário Hélio Gomes Lima, organizador do evento.

Gilberto Freyre e João Cabral de Melo Neto são recifenses de gerações distintas. O primeiro nasceu em março de 1900. O segundo em janeiro de 1920. Segundo Gomes Lima: “Na leitura atenta de suas obras, notam-se as convergências. No regionalismo inseparável da exaltação das raízes ibéricas”.

João Cabral de Melo Neto passou estadas intermitentes na Espanha desde 1947, quando assumiu como vice-cônsul em Barcelona, até 1969. Temporariamente, ocupou cargos diplomáticos na Embaixada do Brasil em Madrid e no Consulado Honorário de Sevilha. João Cabral de Melo Neto estava intimamente relacionado como o pintor Joan Miró e ao poeta Joan Brossa e incentivou o grupo incipiente “Dau al Set”.

Gilberto Freyre, membro de honra do Instituto de Cultura Hispânica, foi pioneiro em se interessar pelo substrato cultural andalusí da identidade ibérica que foi exportado por espanhóis e portugueses para a América. O antropólogo brasileiro visitou a Espanha 8 vezes e 3 vezes Salamanca, cidade à qual dedicou poesia e pela qual sentiu grande simpatia.

O programa completo do evento pode ser consultado em seu site.

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