16/08/2025

Barranquenho ganha dicionário e convenção para preservar esta língua, a terceira mais falada de Portugal

Este foi o primeiro passo para preservar uma língua muito falada, especialmente pelos mais velhos, mas pouco escrita

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O barranquenho ganhou um dicionário, convenção e gramática com exercícios práticos para serem resolvidos. Este projeto foi preparado durante décadas. Este foi o primeiro passo para preservar o barranquenho, dialeto falado na vila raiana de Barrancos.

Em Julho, em Barrancos foi realizado um Congresso Internacional. Deste congresso saíram documentos que ajudam a salvaguardar não só o barranquenho mas também a identidade desta vila vizinha da Andaluzia e que é o município mais pequeno de Portugal. A documentação foi elaborada no âmbito do Programa de Preservação e Valorização do Património Cultural Barranquenho, numa parceria entre o município e a Universidade de Évora (UE), nomeadamente com os professores Maria Filomena Gonçalves e Victor Correia e a filóloga espanhola María Victoria Navas. O presidente da câmara disse acreditar que a documentação permitirá também atrair um nicho específico de turismo, nomeadamente pessoas que procuram aprender a língua. O barranquenho resulta do contacto entre o português alentejano com o andaluz e o extremenho. A sua origem estará ligada aos assentamentos de súbditos do reino de Castela na Idade Média à volta do Castelo de Noudar. Esta foi o primeiro assentamento humano antes de Barrancos ser populado.

Que é a terceira mais falada de Portugal, depois do mirandês e do barranquenho. Esta sempre foi uma língua baseada na oralidade e como tal precisava de uma convenção escrita e aprovada por todos.

É a primeira convenção mas outras poderão ser criadas ao longo do tempo. No dicionário podem ser encontradas mais de mil palavras. E há a possibilidade de introduzir novos vocabulários. Para além do dicionário físico também há uma aplicação móvel.