Em mais um dia do Papa Francisco em Portugal para a JMJ, este começou com o anúncio da morte de uma peregrina francesa, algo que a organização lamentou profundamente em conferencia de imprensa. Depois de ter celebrado missa na Nunciatura Apostólica, a comitiva papal deslocou-se até a Universidade, local onde viveu o primeiro «banho de multidão» dos muitos que têm tido ao longo desta visita. As palavras emoção e alegria tem sido uma constante no discurso de todos.
No campus desta universidade, que trabalha com jovens em situação de fragilidade apoiados ao abrigo do Fundo Papa Francisco, encontrou-se com 4 estudantes. Um deles foi uma jovem iraniana que relatou a sua fuga da guerra da Ucrânia (alguns refugiados ucranianos tiveram a possibilidade de falar, em privado, com o líder do Vaticano). A universidade, que anunciou que passará a leccionar uma cátedra baseada na Economia de Francisco, agradeceu o carinho que o Papa tem demonstrado pelos jovens protagonistas do futuro que nestes dias estão reunidos em Lisboa, a «capital do Mundo». Marcelo Rebelo de Sousa, que tem aparecido ao lado do Papa em todos os eventos, disse aos jornalistas que a JMJ tem demonstrado que «Portugal é capaz de organizar e estar a altura».
O Papa seguiu para Cascais, onde visitou a Scholas Ocurrentes, organização de apoio a jovens que fundou quando ainda era arcebispo em Buenos Aires. A Sholas Ocurrentes, que também está presente em Espanha, apoia em todo o mundo mais de um milhão de jovens. Na escola de Cascais (que foi visitada pela primeira vez por um Papa) foi convidado a terminar um mural de 3 quilómetros. Toda a visita tem sido acompanhada por música, fadistas e cantadores alentejanos tiveram a oportunidade de actuar para Francisco. Mesmo os não católicos tem estado envolvidos na JMJ. Santos Silva olha para este evento como «uma grande mobilização cívica».
Pela Cidade da Alegria, em Belém, tem passado milhares de jovens e voluntários (que tem ajudado em inúmeras funções) que se tem confessado a centenas de padres antes de irem para o Parque Eduardo VII, o epicentro dos inúmeros eventos que tem acontecido nesta Jornada Mundial da Juventude. Em Fátima e no Bairro da Serafina prepara-se tudo para a visita de Francisco.
Quem conseguiu estar no Parque para o acolhimento viu meio milhão de pessoas que desfilaram com as bandeiras não só das diferentes regiões de Portugal como de todo o mundo (Espanha, Brasil ou o México foram alguns dos países representados neste desfile). A multidão presente no recinto e nas avenidas circundantes ouviram que na «igreja há espaço para todos». e para os jovens não se iludirem. Mesmo com mais pessoas, a Avenida da Liberdade não tem visto o lixo aumentar. Francisco despediu-se da sua «juventude» com um aceno de mão. António Costa acredita que as mensagens que o Papa tem passado em Portugal são fundamentais para «acordar os países».