Afluentes do Guadiana português podem fornecer água ao Algarve e Huelva

Processo de seca irreversível pode encarecer o processo da água na península Ibérica

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O programa Regadio 2030, apresentado pelo Ministério da Agricultura portuguesa, tem uma proposta que permite que os afluentes do Guadiana possam fornecer água ao Algarve e Huelva, permitindo poupar a reserva do Alqueva. A falta de chuva é vista como preocupante mas, devido a uma capacidade de 50% de armazenamento (isto se não chovesse mais), tanto a campanha de rega como o abastecimento à população está garantida.

A barragem alentejana está com tanta água como as 34 barragens espanholas no Guadiana. Em Dezembro, cerca de 90% do território português estava em seca. Para reverter este processo de seca teria que chover todos os dias durante o mês de Fevereiro. Este processo de seca irreversível pode por tornar a água em Portugal mais cara. No distrito do Porto, a taxa fixa por litro de água, uma das mais caras do país, é de 4,59 euros.

Segundo a administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), o país tem condições para cumprir o regime de caudais do troço internacional do Guadiana. Para tal basta usar as afluências das linhas de água a jusante do sistema Alqueva/Pedrogão. Neste local deverá ser construída uma nova barragem que irá garantir o caudal ecológico que vai de Pomarão a Vila Real de Santo António.

Esta seria a forma pensada pelo Governo português para cumprir a Convenção de Albufeira. De acordo com as autoridades competentes, o caudal diário na secção do Pomarão é superior a 2 metros cúbicos por segundo. O Programa Nacional de Regadios (PNRegadios) tem uma dotação de 127 milhões de euros para os projetos a realizar na zona do Alqueva.

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