As mulheres têm cada vez menos filhos e mais tarde em Portugal e em Espanha

Estes números colocam em causa a renovação de gerações necessárias para garantir a prosperidade dos países

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Aumentou, nos últimos vinte anos, o número de mulheres sem filhos em Portugal. As mulheres têm cada vez menos filhos e mais tarde. Este número triplicou mas não dos mais elevados da OCDE. Mesmo que a nossa taxa de fecundidade esteja abaixo da média desta organização. Portugal tem uma média de 1,4 filhos por mulher. A maternidade costuma ser adiada devido a menor segurança financeira, maior escolaridade ou vontade de singrar no emprego.

A taxa de fecundidade da OCDE está abaixo dos 2,1 filhos por mulher. Atualmente a taxa é de 1,5 filhos por mulher, com países como Itália e Espanha a apresentarem valores ainda mais preocupantes, não indo além de 1,2 filhos por mulher. O país onde as mulheres menos têm filhos é a Coreia do Sul, onde a média está nos 0,7. A idade média dos países da OCDE subiu, segundo o relatório, de 28,6 em 2000 para 30,9 em 2022. Em Portugal, a média passou para os 31,7 anos das mães quando tiveram o primeiro filho. Cada vez é mais raro ver a maternidade em adolescentes, algo que acontecia há algumas décadas.

Este é o número necessário para a substituição de gerações e manter populações sem ser necessário recorrer a emigração. Algo que já é feito em Portugal ou no Japão, onde a quinta maior população de estrangeiros vem do Brasil (a maior cadeia de cafés foi montada por um japonês que viveu no Brasil). Estes números são superiores na Espanha e na Itália. Locais onde existe a menor taxa de fecundidade. Existe uma capacidade cada vez maior de substituir gerações, o que coloca em risco a prosperidade futura dos diversos países. Estes números foram retirados do último relatório apresentado pela OCDE.

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