Brasil sai às ruas para se despedir de Pelé por uma última vez

Lula da Silva e Gianni Infantino participaram no velório na Vila Belmiro

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Mais de 230 mil pessoas saíram às ruas da cidade litoral de Santos para o cortejo fúnebre de Pelé. O povo saiu às ruas para homenagear Pelé. Lágrimas, cânticos e emoção marcaram a última despedida do Brasil ao seu maior ídolo. O caixão, que foi transportado no topo de um carro dos bombeiros com as bandeiras do Brasil e do Santos, passou pelas principais artérias da cidade e parou em frente da casa da mãe de Edson Arantes do Nascimento, que atualmente a Dona Celeste passa os 100 anos.

O corpo de Pelé vai descansar num cemitério em altura, considerado o mais alto do mundo e que apresenta uma vista panorâmica sobre toda a cidade. O funeral foi privado, apenas para família (Pelé tinha seis filhos) e amigos próximos. O nono andar do Memorial Necrópole Ecuménico foi reservado por Pelé ainda em vida (aqui já estão os restos mortais do seu pai), mas o corpo ficará durante um tempo no primeiro andar deste espaço para que seja possível criar uma estrutura aberta ao público para que o legado do futebolista esteja acessível a todos. Ficará o mais perto possível do céu na terra.

Muitos foram até a Vila Belmiro, onde participaram no velório. Em relação aos jogadores da seleção brasileira, nenhum esteve presente, mas demonstraram o seu pesar através das redes sociais. Em relação a Neymar, outro dos filhos ilustres do Santos, não esteve presente, mas pediu que o pai acompanhasse as cerimónias. O novo presidente, Lula da Silva, deixou o seu pesar desde o momento do anúncio da morte e no período da manhã esteve no estádio onde assistiu ao velório. Lula considerou que a «partida de Pelé é irreparável para o Brasil».

O cacifo que ocupava no estádio, e que está fechado desde o seu jogo de despedida, poderá ser aberto. Esta é uma possibilidade que o presidente do clube avança, mas deixa a decisão às mãos da família do antigo jogador. Para além dos santistas ou apenas apoiantes de Pelé, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, também participou e avançou com a ideia de que cada um dos países (são 211 federações filiadas) deveriam ter um estádio com o nome do Rei. Quarenta emissoras internacionais estiveram presentes no estádio para relatarem os últimos momentos de Pelé.

O prefeito (autarca, em português de Portugal) do Rio de Janeiro já anunciou que a avenida que rodeia o estádio do Maracanã vai passar a ter o nome de Rei Pelé. A embaixada do Brasil em Lisboa e em Madrid estão com um livro de condolências em honra de Pelé. A iniciativa surge no seguimento do luto oficial de três dias em razão do falecimento do antigo jogador.

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