Fórum de Macau, o encontro sino-lusofono que pretende impulsionar o investimento e o comércio com as nações da CPLP

O fórum ministerial pretende transformar Macau (antigo território português) numa plataforma de entendimento e investimento da China nos países lusófonos

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Depois de um hiato de oito anos, voltará na próxima segunda-feira a sexta edição do Fórum de Macau, que tem como secretário-geral Ji Xianzheng (existem outros dois, um proveniente de Timor e outro de Macau). O trabalho deste secretariado é promover o comércio e os investimentos da China nos países da CPLP.

O encontro, onde não vão estar os primeiros-ministros nas esperasse que estejam inúmeros empresários, vai acontecer em Macau. A antiga província portuguesa, agora pertencente a China, pretende apresentar-se como uma plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa. Criado em 2003, o Fórum Macau (criado por Pequim) é um espaço de encontro para os ministros dos países de língua portuguesa poderem dialogar com a China.

Nesta conferência, que realiza-se a cada três anos, definem-se planos para uma maior cooperação económica e comercial entre os diversos países. Os planos criados após este fórum deverão ser implementados durante os três anos seguintes. No fórum realizado em 2010 estabeleceu-se a criação de um Fundo de Cooperação e Desenvolvimento da China e dos Países de Língua Portuguesa com um valor total de mil milhões de dólares. Gerido pelo Fundo de Desenvolvimento China-África, já apoiaram uma dezena de projetos em quatro países (Brasil, Angola, Moçambique e Portugal).

O mercado chinês é visto como primordial para a exportação da soja vinda do Brasil. Em 2023, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa atingiu 220,8 mil milhões de dólares (+2,81% face a 2022). Num ano houve um aumento de 19 vezes. Desde a criação deste fórum que a China aumentou em 122 vezes os investimentos que faz nos países pertencentes a CPLP.

O último Fórum Macau aconteceu em 2016. Até à data, porém, foram realizadas apenas cinco. Esta será a primeira vez que São Tomé e Príncipe e a Guiné Equatorial vão participar no Fórum de Macau.

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