Chico Buarque vai ser um dos nomes que vai receber, no próximo dia 24 de abril, o Prémio Camões, no Palácio Nacional de Queluz, na histórica vila de Sintra. Presentes na cerimónia oficial vão estar presentes os chefes de Estado do Brasil e de Portugal, Lula da Silva (que vai estar no país em visita oficial) e Marcelo Rebelo de Sousa. A entrega oficial do Prémio Camões foi adiada nos últimos três anos devido a pandemia de Covid-19, que tornou quase impossível as viagens internacionais.
As cerimónias de entrega deste galardão costumam acontecer de forma alterada entre Portugal e o Brasil. Um dos vencedores do Prémio Camões durante a pandemia, que fez com que este galardão não fosse entregue durante três anos, foi o músico e escritor brasileiro que tem unido gerações em todos os países onde se fala português. Para receber este prémio, ambos os presidentes devem assinar o diploma.
Algo que Bolsonaro negava-se a fazer. Isto aconteceu porque Chico, apoiante do PT, sempre foi um critico do governo bolsonarista. Esta posição de Bolsonaro foi vista pelo músico como uma nova distinção, quase ao nível do Prémio Camões. Em 2019, quando este anúncio foi feito, o músico (que em Portugal fará um conjunto de concertos) manifestou-se muito feliz por ter ganho este prémio e recebeu uma carta de Lula onde o político felicitava-o por esta vitória.
Agora estarão juntos em Queluz para receberem o maior prémio literário da língua portuguesa, que foi criado em 1988 e tem um valor pecuniário de 100 mil euros, assumido em partes iguais pelos Governos de Portugal e do Brasil. Para além de Chico Buarque, os outros vencedores do Prémio Camões foram o professor e ensaísta português Vítor Manuel de Aguiar e Silva, a escritora moçambicana Paulina Chiziane e o escritor brasileiro Silviano Santiago.
