Depois do anúncio de Von der Leyen que os Planos de Recuperação e Resiliência estavam aprovados e a reunião do Ecofin, o ministro das Finanças português, João Leão, prevê que o primeiro desembolso do plano de recuperação deverá chegar nas próximas semanas e até ao fim do ano Portugal deve receber 2,1 mil milhões de euros de um PRR que vai apresentar projectos orçados em 16,6 mil milhões de euros. Deste valor, 13,9 mil milhões de euros dizem respeito a subvenções a fundo perdido.
O PRR português, que pretende impulsionar a economia lusa que não irá crescer como previsto este ano devido às restrições impostas no sector do turismo, vai tornar o país «ecológico, mais digital e mais bem preparado para o futuro”, isto segundo uma mensagem que a presidente da Comissão Europeia colocou no Twitter. O plano português tem 38% dos investimentos destinados a transição verde e os investimentos anunciados para Sines nos últimos meses são exemplo da transição digital e verde que Portugal pretende realizar.
Já depois da reunião, durante a conferência de imprensa, o ministro João Leão relembrou que este dinheiro vai permitir fazer «as principais reformas que o país precisa de fazer”. Para o ministro português, a aprovação formal do PRR chega na altura certa para a economia que está em 17° lugar na lista dos países da UE que vão crescer mais este ano. Malta tem uma previsão de crescimento da sua economia estimada em 4%, já Portugal vai crescer 1,7%. Já os parceiros económicos europeus com mais peso para a economia lusa, como é o caso de Espanha e de França, vão ter um crescimento pouco acima de 1,1%.
Doze planos aprovados em Bruxelas
Nesta reunião dos ministros das Finanças europeus, que decorreu em Bruxelas, foram aprovados os planos de Portugal, Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslováquia, Espanha, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Letónia e Luxemburgo. O plano Húngaro ainda está em período de aprovação e como tal deverá demorar mais tempo do que os dos restantes estados-membros. Enquanto o Plano de Recuperação e Resiliência estiver activo (este irá até 2026), os países serão alvo de avaliações anuais para saber se os seus marcos e metas estão a ser levados a cabo como o aprovado.
Todas as verbas usadas para financiar os diferentes Planos de Recuperação e Resiliência são financiadas pelo fundo “Next Generation EU”, que está orçado em 750 mil milhões de euros.