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Repsol avança em Portugal com o maior projeto de reflorestação do último século

Península ibérica pretende ser um importante reservatório de carbono na Europa

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O salão nobre do Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, situada na bela Tapada da Ajuda, recebeu a assinatura que vai tornar possível, em Portugal, o projeto Motor Verde + Floresta. O projeto vai ser a maior iniciativa de reflorestação em Portugal e vai permitir que o país se aproxime mais da neutralidade carbónica. As árvores que serão plantadas vão permitir compensar mais de 25 milhões de toneladas de CO2. Para tal, a Repsol pretende investir 400 milhões de euros.

O projeto-piloto vai começar no norte de Portugal, através da reflorestação de uma área de 5.000-10.000 hectares. A reflorestação vai acontecer em terras queimadas ou terrenos baldios, criando assim bosques de raiz. O projeto Motor Verde + Floresta poderá criar de 15 a 20 mil novos empregos. Já estão em curso trabalhos numa área de 58,5 hectares em Alpedrinha, Cardigos e Sardoal. Estes três lugares foram afetados por incêndios em 2017 e 2019. O mercado voluntário de carbono está a ser regulado em vários países, incluindo Portugal e Espanha.

O objetivo será a recuperação da biodiversidade em 100.000 hectares, através da plantação de mais de 90 milhões de árvores de espécies autóctones e que sejam resistentes ao fogo. Também associados a este projeto, a Fundação Repsol vai colocar em marcha um programa com diferentes iniciativas formativas para melhorar a empregabilidade no setor florestal e promover o empreendedorismo verde.

A península ibérica passará desta forma a ser um reservatório de carbono relevante na Europa. O acordo foi assinado pelo ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro e pelo Presidente da Repsol, Antonio Brufau. Este é mais um projeto que a Repsol tem em Portugal, onde há pouco mais de três semanas anunciaram a ampliação das instalações que tem em Sines. Este novo projeto, com um grande âmbito ambiental, vai permitir que a massa florestal em Portugal (tal como já está a ser feito em Espanha) seja um grande consumidor de CO2.

Portugal pretende ser um reservatório de carbono único na Europa

O que pode ser usado pelas empresas que queiram diminuir a sua pegada ambiental através da aquisição de créditos. Esta é uma parceria entre o Estado português e a Repsol. 97% das zonas florestais em Portugal são de pequena dimensão ou pertencem a proprietários privados, o que pode levantar alguns desafios a concretização deste projeto. Muitas das florestas são abandonadas por não serem rentáveis, o que acaba por aumentar o risco de incendio (um dos grandes males em território ibérico).

Desde 2017, Portugal perdeu 90.000 hectares de floresta por ano. Os proprietários que queiram juntar-se a esta iniciativa da Repsol poderão ter ganhos económicos, para além da criação de novos empregos e de levar para as regiões mais remotas meios de comunicação que de outra forma são muito escassos (em algumas zonas é bastante difícil conseguir rede movel). A tecnologia também vai ser utilizada graças aos satélites da Hispasat que vão ajudar a uma maior proteção das florestas.

Todos os envolvidos esperam que esta iniciativa servia de inspiração para que outras empresas compreendam que a floresta pode e deve ser rentável, mas sem ser abatida. O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, lembrou que Portugal é um dos países na Europa que mais sofre com as alterações climáticas. As florestas não são protegidas apenas com aviões de combate aos incêndios, mas sim adotando medidas de limpeza da biomassa, algo que pode ser conseguido com este projeto. Uma ideia que promete transformar o espaço rural português.

O primeiro-ministro, que também esteve presente na assinatura deste acordo, considera que o grande desafio das florestas é gerar rendimento pois só assim é que poderão ser realmente sustentáveis (tanto a nível ambiental como económico). Territórios mais sustentáveis acabam por levar a uma fixação de populações.

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