Badajoz vai atribuir o titulo de «filho adotivo» a Rui Nabeiro

O empresário ajudou na criação de pontes entre o Alentejo e a Extremadura

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A cidade de Badajoz pretende reconhecer Rui Nabeiro como «filho adotivo». O município fica a poucos quilómetros de Campo Maior. Ambos municípios, junto com Elvas, fazem parte da Eurocidade Eurobec. Devido a esta proximidade, e a presença da Delta em Espanha, muitas coroas de flores (e enlutados) vieram do outro lado da fronteira para se despedirem de Rui Nabeiro. O empresário, que morreu com 91 anos, fundou um grupo que atua em 40 países e pretende ser uma das dez principais empresas produtoras de café do mundo.

Este prémio será entregue a título póstumo ao empresário alentejano que chegou a ser contrabandista. O presidente de Badajoz, Ignacio Gragera, já apresentou a Comissão Municipal de Assuntos Gerais uma proposta para atribuir o reconhecimento de «filho adotivo de Badajoz». Um prémio que deveria ter sido dado, segundo a Alcade, há mais tempo. Caso a Comissão aprove este prémio, a medalha deverá ser entregue a família do Comendador nos próximos meses.

O presidente da Junta da Extremadura já lembrava que Nabeiro tinha ajudado a fazer uma ponte entre o Alentejo e a Extremadura. Ignacio Gragera foi um dos presentes no funeral em Campo Maior. Este funeral, que juntou milhares de pessoas, contou com a presença das mais altas figuras do estado português. Para Gragera, este título deve ser dado devido ao trajeto «ao carinho e sobretudo à vocação e amor que o comendador sempre demonstrou pela cidade de Badajoz».

No bairro de Gurugú ainda existem muitas famílias de antigos contrabandistas que durante o período ditatorial trabalharam para Nabeiro no contrabando de café português para a cidade de Badajoz. Estas não esquecem a figura do empresário alentejano. Nabeiro foi um dos impulsionadores para a criação da Eurocidade Elvas-Badajoz-Campo Maior.

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