O grande auditório da Fundação Gulbenkian vai receber, durante o mês de março, o Festival Canções Ibéricas. Nos dias 11 e 12 e 13 março, o grande auditório vai receber as sopranos Ana Quintans e Miren Urbieta-Veja, os pianistas Filipe Raposo, Miquel Ortega, Fernando Briones, Rubén Fernández Aguirre e os barítonos Àngel Òdena e Borja Quiza. Por dia existirão duas sessões, ás 16 e ás 18 horas, sobre géneros musicais das diferentes regiões ibéricas.
Na abertura vão ser interpretadas canções catalãs e portuguesas. As mesmas representam a renascença que se viveu em Portugal e na Catalunha no século XIX e XX. A riqueza linguística da Península Ibérica alavancou uma composição identitária. Ana Quintans e Filipe Raposo vão apresentar temas do Cancioneiro Popular Português e de compositores conhecidos, como é o caso de Carlos Paredes, Fernando Lopes-Graça ou Eurico Carrapatoso.
Já segundo e último dia do festival será a vez das canções bascas (o euskera tem uma origem desconhecida e anterior ao latim), por Miren Urbieta-Vega e Rubén Fernández Aguirre, e galegas por Borja Quiza e Fernando Briones. Este festival pretende, segundo comunicado emitido, pretende “explorar a invulgar riqueza linguística da Península Ibérica e a forma como o seu património musical revela de forma intrínseca a vertente identitária de cada região”.
O folclore é uma fonte de inspiração para construir uma identidade nacional. Pela Festival Canções Ibéricas, organizado em conjunto com a Fundación Juan March, vão passar composições em basco, galego, catalão e português. Este ciclo explora um repertório pouco conhecido, tanto de origem popular como erudito.
