Golpe de Estado falhado na Guiné-Bissau, a ordem foi reposta

Tentativa de golpe foi liderada por almirante ligado ao tráfico de droga

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A tentativa de golpe de Estado, que sobressaltou Bissau nesta tarde, falhou. Um grupo de militares não fardados cercou o Palácio Presidencial. No interior do mesmo estava a decorrer um Concelho de Ministros presidido por Umaro Sissoco Embaló. Os revoltosos, que dispararam tiros de metralhadora e bazuca, entraram em confronto tanto com a guarda do presidente como do presidente. Os mortos e feridos fazem parte desta força de segurança.

«As forças de defesa e segurança conseguiram impedir este atentado à democracia», afirmou Umaro Sissoco Embaló numa conferência de imprensa onde esteve acompanhado pelos restantes membros do governo que tinham sido feitos reféns umas horas antes.

Os revoltosos, que foram liderados por um antigo almirante que esteve preso nos Estados Unidos devido ao tráfico de droga, conseguiram fugir misturando-se na população. O presidente da República, o primeiro-ministro e os restantes membros do Governo estão a salvo. Durante a tarde as duas principais figuras do país estiveram em parte incerta e vários ministros foram obrigados a saltar o muro para ficarem em segurança.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, continua a aconselhar aos cidadãos portugueses que se mantenham em casa mas refere que «tudo indica que se trata de um golpe falhado e que a liberdade constitucional foi reposta». O chefe da diplomacia portuguesa espera que a vida na Guiné volte a ficar tranquila e calma. Este incidente acontece depois de uma remodelação governamental controversa que opôs o presidente ao primeiro-ministro, com o qual não tem uma boa relação institucional.

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