Foi inaugurada uma exposição que tem dois lugares de destaque, o Instituto Cervantes e o Palácio dos Condes de Redondo. Ambos ficam na mesma rua. Os dois artistas, Dalí e Miró, apesar de serem nomes maiores do surrealismo, têm vários pontos em comum.
Dalí era um provocador, já Miró recorria muito ao subconsciente. Salvador Dalí, que também teve um «pé» no cinema, teve uma forte ligação a Aristides de Sousa Mendes. Homem que lhe deu o salvo-conduto para que ele e a sua mulher conseguissem sair de Bordéus quando a II Guerra Mundial estalou. Já Joan Miró, que nasceu em Barcelona, tem em Portugal a maior coleção das suas obras na Fundação Serralves, no Porto.
Ambas as exposições pretendem demonstrar que até os maiores nomes da arte podem chegar ao coração do grande público. Especialmente os estudantes. Este projeto faz parte de uma nova colaboração com a FUNIBER (Fundação Universitária Iberoamericana) e a UAL (Universidad Autónoma de Lisboa). Até Julho, a FUNIBER vai apresentar as gravuras que fazem parte da sua coleção em vários locais de destaque.
As exposições são de entrada livre. As duas exposições demonstram a riqueza e a diversidade que a arte espanhola tem para apresentar. Esta universidade tem a sua sede no palácio que recebeu a obra gráfica de Salvador Dalí. A exposição «La vida es sueño». Já no Instituto Cervantes de Lisboa pode ser vista a exposição «La melodía ácida», de Joan Miró.