A UNESCO já tinha reforçado o seu compromisso com África, pretendendo que mais locais fossem elevados. E há de países de língua portuguesa. As cavernas do Perauçu (Minas Gerais), no Brasil, também fazem parte desta lista. São mesmo o 25° local brasileiro a ser colocado na lista da UNESCO. O parque tem cerrado, caatinga e mata atlântica. O parque nacional inclui ainda paredes cobertas de pinturas pré-históricas.
Esta lista foi apresentada durante a 47.ª reunião da organização, que decorreu em Paris. Moçambique viu o Parque de Maputo ser reconhecido como Património Mundial. Para o presidente do país, Daniel Chapo, este é um «reconhecimento do trabalho árduo», uma vitória coletiva.O Parque Nacional de Maputo inclui ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos, e abriga quase 5.000 espécies. É habitual ver girafas e elefantes a caminharem junto da estrada. O Parque tem lagos, lagoas ou mangais e a sua história começou em 1932. Teve um período de declino durante a guerra civil, depois da independência, e ganhou o impulso que hoje conhecemos em 2006. O parque tem 1.718 quilómetros quadrados e esta elevação deverá dar mais visibilidade ao trabalho de proteção ambiental que tem sido muito forte desde 2021.
As ilhas dos Bijagos, que são um total de 88 mas apenas 23 são habitadas, foram declaradas Património Mundial Natural. Esta zona húmida é bastante importante a nível internacional, já que é um local onde desovam tartarugas e os hipopótamos se alimentam das aves migratórias. As Bijagós são também procuradas pelas praias e pesca, com um turismo ainda reduzido. Este é o primeiro sítio natural deste país a fazer parte da lista da UNESCO.
O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, demonstrou o seu agrado pela elevação das ilhas Bijagos a Património Natural da UNESCO. No site da Presidência da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa emitiu duas notas a felicitar Moçambique e a Guiné-Bissau por terem estes dois espaços naturais na lista da UNESCO. Da lista de património natural também há a Rota Colonial Transístmica (do Panamá) ou a Rota Wixárika até Wirikuta (México).
A elevação a Património da Humanidade traz vários benefícios e Macau é um exemplo disso, pois o reconhecimento do seu património fez com que fosse olhada como mais de uma cidade de jogo na Ásia. Siza Vieira ficou de fora da lista do Património Mundial da UNESCO depois de se ter apresentado uma candidatura com 8 obras da sua autoria. Segundo a EFE, «são necessários mais estudos e mais trabalho de campo, o que poderá até levar Portugal a apresentar uma nova candidatura no próximo ano».