O presidente interino da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, anunciou a antecipação do encerramento das centrais de Sines e das Astúrias. Este fecho antecipado, a primeira vai deixar de funcionar já em 2021, vai ter um custo adicional de 100 milhões de euros e respeitará «integralmente todas as responsabilidades de índole laboral», afirmou o CEO da companhia portuguesa.
Para a central de Sines, que vai fechar já em 2021, está a ser avaliado um projecto, em parceria com outras empresas, para a produção de hidrogénio verde. Uma maior aposta em fontes de energia limpas é uma meta a cumprir e como tal a empresa tomou outra decisão que envolve um outro investimento em Espanha.
A unidade 3 de Soto de Ribera, nas Astúrias, será reconvertida (em 2022) e deixará o carvão para trabalhar com gases siderúrgicos. Para fazer este trabalho, a EDP irá modificar as suas potências para contribuir com a construção de uma economia mais circular e descarbonizada. Este não é só um dos objectivos da empresa para os próximos anos como do próprio governo português.
Energia renovável com peso cada vez maior
No primeiro semestre deste ano, 80% da energia produzida pela EDP surgiu através de fontes renováveis. A produção hídrica e eólica estiveram em linha com os valores esperados. Já no segundo semestre, e devido a pandemia, todas as centrais, a excepção da de Aboño (Espanha), estiveram paradas, sem produção de electricidade. Sobre quem são os consumidores produzidos pela companhia durante o período anteriormente citado, em Portugal são clientes residenciais, já em Espanha o maior peso está nas empresas.