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Governo espanhol lança guia de boas práticas em locais de trabalho contra coronavírus

Distância interpessoal e higiene rigorosa são os eixos fundamentais destas boas práticas

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O Governo de Espanha publicou um guia de boas práticas nos locais de trabalho para prevenir os contágios COVID-19, coincidindo com o regresso aos seus locais de trabalho, na segunda e na terça-feira, de todos os trabalhadores de atividades não essenciais que não podem teletrabalhar.

O guia inclui as medidas mais essenciais de higiene e distância interpessoal a aplicar antes, durante e após a frequência do trabalho.

Como primeiro passo, se a sintomatologia ocorrer ou se tiver sido feito um contacto próximo com pessoas afetadas pelo vírus, a recomendação é que não vá ao local de trabalho até confirmar que não há risco para si ou para os outros. Para isso, deverá contactar o telefone COVID de cada comunidade autónoma e consultar o decalogue de atuação em caso de sintomas disponíveis neste link.

As pessoas mais vulneráveis por idade também não devem, por estarem grávidas ou sofrerem de condições médicas que, se necessário, podem contactar o seu médico para provar a sua necessidade de isolamento e que, em caso afirmativo, será considerada uma situação assimilada a um acidente de trabalho em benefício económico da incapacidade temporária.

Deslocações para o trabalho

O guia de boas práticas recomenda a promoção do movimento para o trabalho por meios que não envolvam agrupamento com mais pessoas, garantindo a importante distância interpessoal de 2 metros.

Em caso de escolha de um turista ou de um VTC, as medidas de limpeza dos mesmos devem ser exercidas e impedir que mais de uma pessoa viaje em cada fila de assentos, mantendo o máximo de distância possível entre os ocupantes.

Nas viagens de autocarro, metro ou comboio, recomenda-se manter a distância interpessoal com outros viajantes e, no caso dos transportes públicos, o guia recomenda o uso de uma máscara higiénica e não médica.

No local de trabalho

No que diz respeito ao próprio local de trabalho, devem ser planeadas tarefas, entradas e saídas para que os trabalhadores possam manter a distância interpessoal recomendada de aproximadamente 2 metros.

É igualmente necessário assegurar que a distância interpessoal nas zonas comuns e nas multidões de pessoal seja evitada nestes pontos. O regresso à normalidade das atividades que ocorram risco de aglomeração deve ocorrer por último.

No caso de empresas ou estabelecimentos abertos ao público, devem ser implementadas medidas destinadas a minimizar o contacto entre os trabalhadores e o público, com as seguintes recomendações anotadas no guia:

  1. A capacidade máxima permitirá o cumprimento da exigência de distância interpessoal.
  2. Sempre que possível, os mecanismos de controlo de acesso serão ativados nas entradas.
  3. Todos os públicos, incluindo a espera, devem manter a distância interpessoal.
  4. A empresa deve fornecer equipamento de proteção individual sempre que os riscos não possam ser evitados ou não possam ser suficientemente limitados por meios técnicos de proteção coletiva ou por medidas ou procedimentos para a organização do trabalho.
  5. O equipamento de proteção individual deve ser adequado para as atividades e os trabalhos a realizar.

Sempre que o espaço de trabalho não permita manter a distância interpessoal em turnos ordinários, procurar-se-á que o horário de trabalho se escalda o mais possível, o que evitará também aglomerações nos transportes, e é aconselhável facilitar as reuniões de teletrabalho e de videoconferência. Desta forma, devem ser evitados movimentos de trabalho não essenciais que possam ser resolvidos por chamada ou videoconferência.

No que diz respeito à utilização de máscaras nos centros de trabalho, o guia afirma que não é essencial usar uma máscara durante o dia de trabalho se o tipo de trabalho não a exigir e se a distância interpessoal for mantida.

Medidas organizacionais

O pessoal deve ser informado das recomendações de saúde a seguir individualmente e deve ser dotado dos produtos de higiene necessários – sabão, solução hidroalcoólica e tecidos descartáveis – a fim de seguir as recomendações individuais.

Devem ser realizadas diariamente tarefas de higiene reforçadas com produtos autorizados pelo Ministério da Saúde a desinfetar.

O guia assinala ainda que é necessária uma oferta suficiente de material de proteção, especialmente luvas e máscaras, e que devem ser tomadas medidas específicas para minimizar o risco de transmissão a trabalhadores particularmente sensíveis ou vulneráveis, como pessoas com mais de 65 anos, grávidas e pessoas com doenças cardiovasculares, diabetes, doenças pulmonares crónicas, cancro e imunossupressão.

As empresas devem fornecer, através de serviços de prevenção de riscos profissionais, teletrabalho ou condições de trabalho de baixo risco.

Se tal não for possível, os funcionários nestas circunstâncias podem solicitar uma avaliação do seu médico de cuidados primários.

No domínio da segurança profissional, é aconselhável elaborar um plano de contingência que identifique o risco de exposição ao vírus das diferentes atividades e adote medidas de proteção em cada caso, bem como protocolos de proteção do pessoal e dos funcionários que apresentem sintomas.

Recomendações aos trabalhadores

O guia recomenda que os trabalhadores, além de manterem a distância interpessoal de 2 metros, evitem assim saudações próximas, para evitar, na medida do possível, a partilha de equipamentos. Se fornecessário partilhar, as medidas de precaução devem ser aumentadas desinfufujando-as antes da sua utilização, se possível. Se não for, deve lavar as mãos imediatamente após a utilização no modo recomendado que pode ser encontrado aqui.

O guia recomenda não tocar nos olhos, nariz e boca, bem como lavar frequentemente as mãos com sabão e água, durante pelo menos 40 segundos, ou com uma solução hidroalcoólica. É especialmente importante lavar depois de tossir ou espirrar ou depois de tocar em superfícies potencialmente contaminadas.

Em caso de tosse ou espirros, a recomendação para tapar o nariz e a boca com o interior do cotovelo ou um lenço descartável é lembrada, em seguida, jogá-lo em um caixote do lixo que tem fecho.

Medidas de higiene no local de trabalho

O guia aconselha a ventilação periódica nas instalações pelo menos diariamente e durante cinco minutos.

Para ajudar à boa renovação do ar e fazê-lo regularmente, é aconselhável reforçar a limpeza dos filtros de ar e aumentar o nível de ventilação dos sistemas de ar condicionado.

É aconselhável reforçar as tarefas de limpeza em todas as divisões, com especial impacto nas superfícies, especialmente aquelas que são mais frequentemente tocadas como janelas ou maçanetas, bem como todos os aparelhos geralmente utilizados pelos funcionários, desde controlos de máquinas a mesas e computadores. Em cada mudança de turno é necessário limpar a área de trabalho utilizada por um empregado.

O pessoal de limpeza atribuído a estas tarefas deve ter uma proteção correta, executando todas as tarefas com máscara e luvas de uso único, além de ter os detergentes habituais, porque são suficientes, embora também possa contemplar a incorporação de lixívia ou outros produtos desinfetantes nas rotinas de limpeza, sempre em condições seguras.

Da mesma forma, uma vez concluída a limpeza, e depois de tirar luvas e máscara, é necessário que o pessoal da limpeza realize uma higiene completa das mãos, com sabão e água, pelo menos 40-60 segundos.

Os uniformes de trabalho ou similares devem ser embolsados e fechados e deslocados ao ponto de serem normalmente lavados, recomendando uma lavagem com um ciclo completo a uma temperatura entre 60 e 90 graus.

Gestão de resíduos em locais de trabalho

A gestão dos resíduos comuns continuará a ser efetuada como de costume, respeitando os protocolos de separação de resíduos.

Recomenda-se que os lenços descartáveis utilizados pelo pessoal para a secagem manual ou para o cumprimento da “etiqueta respiratória” sejam eliminados em contentores ou recipientes protegidos com tampa e, se possível, acionados a pedais.

Todo material de higiene pessoal – máscaras, luvas de látex, etc. — deve ser depositado na fração “remanescente” (agrupamento de resíduos domésticos obtidos após a realização de recolhas separadas).

Se um trabalhador tiver sintomas durante o seu local de trabalho, o recipiente onde depositou tecidos ou outros produtos usados terá de ser isolado. O saco de lixo deve ser removido e colocado num segundo saco de lixo, com fecho, para depósito na restante fração.

Depois de ir trabalhar

Quando regressam do local de trabalho para as suas casas, os trabalhadores devem cuidar das distâncias e das medidas de higiene em casa, especialmente se viverem com pessoas em grupos de risco.

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