Eurociudade de Chaves-Verín e empresários impulsionam a marca turística “A Raia Ibérica”

Pablo Rivera afirmou que se houver uma actuação conjunta "existirá um bom vento e um bom casamento"

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Pela primeira vez se pôs em prática um projecto estrutural que promove o turismo de toda a fronteira debaixo do chapéu da marca “Raia Ibérica”, que conta com nove sócios e um plano estratégico que engloba vários guias de turismo.

Com o impulso de Pablo Rivera, director executivo da Eurocidade Chaves-Verín e de José Couto, presidente do Conselho Empresarial do Centro de Portugal, no passado dia 6 e 7 de Março realizaram-se as jornadas de “difusão ibérica” do projecto “Dois países, um destino”, que têm como fim revalorizar a fronteira luso-espanhola como destino turístico.

Durante dois dias, empresários, agentes sociais e técnicos de turismo de ambos os países debateram sobre os temas que afectam o território raiano, especialmente a metodologia e a supervisão da comercialização dos projectos turísticos de fronteira. O segundo dia consistiu no percurso das rotas de contrabando com os protagonistas reais e que converteram os turistas em autênticos contrabandistas. A recriação também incluiu o lado repressivo, onde os turistas-contrabandistas tiveram que fugir do país e aqueles que foram presos tiveram que prestar contas aos “guardas de Salazar”.

Pablo Rivera afirmou que os municípios que fazem parte dos 1214 quilómetros da Raia “guardam a sua história, uma história que inclui guerras e reorganizações do território, com os vários povos que o ocuparam e as culturas que foram moldadas e transmitidas ao longo dos séculos. O traço de tudo isso é observado a olho nu, na riqueza do património localizado em todos os recantos. O viajante que viaja até aqui descobre fortificações, castelos e igrejas capazes de transferir aqueles que as observam saberes de tempos remotos”.

E ainda referiu que “a Raia brinda o viajante com a possibilidade de sentir este território 25 horas por dia (devido ao fuso horário). Descobrir os seus espaços naturais, os seus rios, que ligam e não dividem e, sobre tudo, poder descobrir os seus costumes, saborear os seus vinhos, degustar a sua gastronomia e, o mais importante, que é conhecer as suas gentes, “os raianos”. A Raia, em definitivo, convida todos a descobrir, a viver e a sonhar com uma fronteira luso-espanhola que para além de se cruzar é um destino turístico.

O projecto “Destino Fronteira” conta com várias publicações que podem ser consultadas na sua website, onde é divulgado o património de cinco traçados raianos: Galiza-Norte de Portugal; Norte de Portugal-Castela e Leão; Centro de Portugal- Castela e Leão; Alentejo-Estremadura; e Algarve-Andaluzia. Também é promovido o turismo do vinho (a Raia vermelha), a água (a Raia azul), cultura (a Raia laranja) e a natureza (a Raia verde). Entre os aspectos culturais se destacam a arquitectura defensiva, que é uma herança sefardí, a arte rupestre ou as rotas de contrabando.

Pablo Rivera afirmou que se houver uma actuação conjunta, como é o caso deste projecto onde há a participação de nove sócios, haverá “um bom vento e um bom casamento”. Os nove sócios são os seguintes: Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro, Conselho Empresarial do Centro, Eixo Atlântico, Eurociudade Chaves-Verín, Diputación de Huelva, Triângulo Urbano Ibérico Raiano, Diputación de Salamanca, Associação para o Desenvolvimento do Baixo Guadiana y ZASNET-AECT (Meseta/Biosfera transfronteiriça).

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