«As flores de plástico não morrem» é uma obra escrita durante a pandemia por doze autores anónimos de diferentes profissões e de forma encadeada, de maneira que cada pessoa dava seguimento à história que recebia do anterior autor, sem saber de quem se tratava, sem possuír normas de como devia continuar a obra e sem saber quem seria o seguinte participante.
A ideia surgiu da jornalista espanhola Thais Lozano com o livro «Los pájaros no beben vino» do qual surge esta versão portuguesa. Ambos partilham o primeiro capítulo sendo que a evolução de um e de outro seguem caminhos completamente diferentes, tendo contado no primeiro projecto com quinze autores espanhóis e no segundo com doce autores portugueses.
A quantidade de tempo livre que as pessoas -a maioria em teletrabalho ou em situação de lay-off– tinham durante o confinamento esteve detrás desta ideia.
A lista de escritores é formada por Thais Lozano, João Pedreira, Vítor Almeida, Luís Pereira, Teresa Gama, António Soares, Dário Carvalho, Mariana Pedreira, Nuno Estêvão, Christianne Monteiro, Nuno Sousa, Rui Pereira e Luís Pedreira, que também participa na obra espanhola.
«Trata-se de uma história com vários personagens que, à partida, não têm qualquer relação entre eles mas que acabam por se ver envolvidos numa teia comum», afirma Luís Pedreira, coordenador do projecto português.
Ao receber cada capítulo o coordenador decidia a quem reenviá-lo, tendo em conta a imaginação e a racionalidade de cada um, sempre em função do que parecia ser necessário à medida que a história avançava.
O projecto foi tomando forma à medida que os participantes, residentes em distintas partes de Portugal e não só (Espanha, Abu Dhabi, …) foram querendo participar. O mais chamativo é que apenas dois são jornalistas, sendo que os restantes nunca pensaram sequer escrever um livro.
Tal como no projecto espanhol a obra começa com a história de Julia, uma médica que sofre um choque em plena pandemia devido à perda de uma paciente. Um assassino profissional que se apaixona por quem não deve, um inspector com vários crimes por resolver, traição, culpa, remorso e amor são alguns dos restantes ingredientes.
«As flores de plástico não morrem» já se encontra publicado e poderá ser adquirido em breve através da plataforma online da editora Sítio do Livro.