Espanha e Portugal relançam as suas relações bilaterais ao adiantarem a Cimeira Ibérica da Guarda para final de Setembro ou princípio de Outubro

Pedro Sánchez e António Costa mantiveram uma reunião de trabalho em Lisboa

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Se, em princípio, a Cimeira luso-espanhola estava programada para Outubro ou Novembro, finalmente, e graças a reunião em Lisboa entre ambos os chefes de governo, a Cimeira Ibérica será adiantada “para final de Setembro ou princípio de Outubro”. Esta terá como finalidade relançar as relações bilaterais e aprovar a “estratégia comum para o desenvolvimento transfronteiriço”. António Costa assinalou que “se antes era uma urgência, hoje é uma prioridade fundamental”.

Em menos de uma semana, esta é a segunda vez que António Costa e Pedro Sánchez se encontram. Esta reunião nasceu do encontro em Badajoz, marco da reabertura de fronteiras que contou com a presença de ambos os chefes de governo ibéricos. A reunião desta segunda-feira, celebrada no Palácio de São Bento e onde abordaram-se os assuntos europeus e ibéricos. Também incluiu um almoço de trabalho onde esteve presente o ministro dos negócios estrangeiros português, Augusto Santos Silva.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que “Tanto o primeiro-ministro como eu estamos dispostos a relançar de novo esta cimeira entre Espanha e Portugal. É importante que cumpramos com as nossas obrigações e também com os nossos desejos antes do fim do ano para que voltemos a nos encontrar de novo. Há muitas coisas que podemos fazer conjuntamente, como é o caso dos planos nacionais para a transição ecológica e digital. Outro exemplo é o desafio demográfico. Em última análise, devemos enfrentar conjuntamente o despovoamento. Estou convencido de que projectos, como o do Raia, que serviu para reabrir as fronteiras, também podem dar uma visão compartilhada para criar sinergias em benefício de ambos. Em suma, há muito desejo e entusiasmo”.

O primeiro-ministro português insistiu na necessidade de desenvolver economicamente a Raia, uma vez que constitui uma excepção entre as fronteiras europeias, que geralmente são áreas de alto nível económico.

Ambos os chefes de governo propuseram o mês de Julho como a data para que a Europa torne os fundos de reconstrução numa realidade. Pedro Sánchez insistiu na importância de “compartilhar estratégias”. António Costa sublinhou o seu apoio a Nadia Calviño como presidente do Eurogrupo, seguindo a tradição diplomática ibérica de apoiar-se mutuamente no cargo e também por fazer parte da família socialista. Costa lembrou que Mariano Rajoy apoiou a candidatura de Mário Centeno.

Por outro lado, Emiliano García-Page, presidente de Castilla-La Mancha, pediu ao primeiro-ministro Pedro Sánchez que aproveitasse seu “contacto fluido” com o primeiro-ministro português, Antonio Costa, para retomar o AVE Madrid-Lisboa, já “que a Europa deixou claro que há financiamento até 2030”.

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