Os hinos e o encontro dos chefes de Estado e de Governo ibéricos vão colocar um fim ao pesadelo do encerramento da fronteira

Vão realizar-se actos institucionais de ambos os lados da Raia: um na Alcazaba de Badajoz e outro no Castelo de Elvas

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Espanha e Portugal vão reabrir esta quarta-feira, 1 de julho, as suas fronteiras num ato ao mais alto nível, com a presença dos seus chefes de Estado e líderes de Governo, depois de três meses e meio fechadas devido à pandemia de coronavírus.

A linha fronteiriça entre ambos países foi fechada no passado dia 17 de março face à evolução dos contágios, e volta agora a abrir, dez dias depois das restantes que permaneceram fechadas dentro do espaço Schengen.

Os dois países quiseram dar uma especial relevância a este regresso à normalidade transfronteiriça e, como tal, o ato vai estar presidido pelo rei de Espanha Felipe VI e o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e contará com a presença do presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, e do primeiro-ministro português, António Costa.

O lugar elegido é a fronteira luso-espanhola em Badajoz, e haverá dois eventos seguidos, um deles nesta cidade da região espanhola da Extremadura e outro na localidade portuguesa de Elvas. Para estes, as comitivas vão cruzar a passagem fronteiriça entre Badajoz e Caia.

A reabertura é realizada uma vez ultrapassado o estado de alarme em Espanha, embora com alguns novos surtos, e com uma situação preocupante em Portugal.

Depois de ter sido um dos países europeus que melhor controlaram o vírus, os dados certificam a sua expansão em algumas zonas, como Lisboa e Vale do Tejo, e em apenas umas semanas Portugal passou a ser o segundo país da Europa em número de contágios por habitante, apenas ultrapassado pela Suécia.

A fronteira entre Espanha e Portugal é a mais longa da Europa, estando fechada desde 17 de março exceto em nove pontos para nacionais e residentes do país de destino, transporte de mercadorias e trabalhadores transfronteiriços.

A questão da reabertura gerou semanas atrás um mal-entendido devido ao anúncio feito pela ministra de Indústria, Turismo e Comércio espanhola, Reyes Maroto, de que as fronteiras terrestres entre ambos países iriam abrir a 22 de junho, questão depois aclarada para fixar o 1 de julho como data definitiva.

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