A 20 e 21 de Outubro de 1520, a armada que tinha partido no ano anterior de Sevilha e era comandada pelo português Fernão de Magalhães, e secundada por Elcano, entra no estreito que liga os oceanos Atlântico e o Pacífico, no Chile, e que acabou por levar o nome do navegador que a serviço da coroa espanhola tinha iniciado uma viagem de circum-navegação que tinha como objectivo primário chegar às Molucas (Ásia), as ilhas das especiarias, pelo ocidente, e sem cruzar as águas orientais que o Tratado de Tordesilhas tinha reservado a Portugal.
500 anos após uma das maiores aventuras que o mundo já viu e que nos deu, entre outras coisas, a globalização e a confirmação que a terra é redonda, a jornada marítima ibérica é transmitida aos mais jovens no livro «A Viagem Mais Longa», que tem textos de João Ramalho-Santos, ilustrações de Miguel Jorge e é de distribuição gratuita. Em formato físico estarão disponíveis 1500 exemplares mas também pode ser encontrado digitalmente.
Cinco séculos depois, a história da viagem feita por 240 homens, divididos por cinco naus, é recordada ao longo de 39 páginas que descrevem todo o percurso, sem esquecer a morte de Fernão de Magalhães nas Filipinas em 1521, termina com a chegada a Sevilha, no ano seguinte, e com Juan Sebastián Elcano.
As últimas oito páginas são compostas por reflexões dos autores sobre o enorme esforço realizada pela armada espanhol para encontrar as preciosas especiarias que hoje são facilmente adquiridas mas foram, em tempos, o garante das riquezas acumuladas pelos impérios de Portugal e Espanha.