Com o anúncio da Organização Mundial de Saúde (OMS) que estávamos perante uma pandemia, a primeira desde século, o governo português decidiu tomar um conjunto de medidas para controlar ao máximo a doença dentro do território nacional. Uma das primeiras decisões governamentais envolveu o fecho de escolas, creches e universidades, o que fez com que milhares de estudantes ficassem recolhidos em casa sem saberem quando e se irão voltar as actividades lectivas este ano. As escolas estão fechadas e só abre para oferecer refeições aos alunos beneficiários de escalão A.
A volta a escola é uma incerteza e o primeiro-ministro António Costa admitiu numa entrevista dada ao “Programa da Cristina” (SIC) que existe a data limite de 4 de Maio para o início do 3° período. O que levaria a que o início de um novo ano lectivo fosse adiado para que se concluísse o corrente. Esta é uma possibilidade mas, segundo as autoridades, seria uma operação de “alguma complexidade”. Como tal, a data de 9 de Abril marca o reavaliar de toda esta situação.
Maior esforço desde a II Guerra Mundial
O ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, declarou numa entrevista a RTP que o esforço que estava a ser feito na educação era o maior desde o fim da II Guerra Mundial. Com as escolas fechadas por toda a Europa, a grande questão a colocar é o que fazer com os milhões de alunos em casa.
Em Portugal, a resposta está na escola virtual. A grande maioria das instituições está a aderir ao ensino a distância e o segundo período foi concluído desta forma. Os professores têm estado a mandar trabalhos para serem feitos em casa e as aulas serem dadas por plataformas de videochamada como o Skype ou Zoom.
Alunos sem ligação a internet e professores infoexcluídos
Mas se as aulas vão passar a ser dadas online, todos os alunos terão que ter computadores ou acesso a internet. Certo? Errado. A verdade é que como a comunidade não está 100% ligada, novos meios estão a ser pensados e a telescola é uma das primeiras escolhas, o que faria com que as aulas voltassem a televisão graças a TDT, que está presente em todo o território nacional. Este tipo de ensino era usado há quarenta anos atrás, especialmente nas zonas do interior raiano.
A outra medida pensada, e para não deixar alunos com menos capacidades de lado, é a entrega das tarefas escolares mandadas pelos professores em formato de papel. Para tal, está a decorrer um levantamento realizado pelas escolas em conjunto com as juntas de freguesia. Para que estes materiais cheguem às residências dos alunos beneficiários, está previsto um serviço de correios especial.
Para já está assegurada a entrega de tablets aos alunos do primeiro ciclo mas continua a ser uma incógnita se ou quando irão ser realizados os exames do 9° ano os de acesso ao ensino superior. Uma data que está a ser levantada é o mês de Agosto mas até ao momento tudo não passa de uma simples suposição.