Empresas e figuras ibéricas unem-se para apoiar aqueles que estão na linha da frente

Ventiladores e unidades de cuidados intensivos são alguns dos materiais oferecidos

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Com o aumento da pandemia do Covid-19 na península ibérica, espera-se que o pico chegue a Espanha nos próximos dias, empresas e figuras públicas unem-se no apoio ao Serviço Nacional de Saúde. Dos itens necessários, ventiladores, máscaras, restantes materiais de proteção e unidades de cuidados intensivos são alguns dos que estão a ser ofertados para a luta contra o vírus.

Em Portugal, a sociedade civil uniu-se numa onda de solidariedade que engloba os mais variados quadrantes. No futebol, o Benfica e o Sporting ofereceram ventiladores e as suas instalações desportivas para receberem futuros hospitais de campanha. O presidente dos leões, Frederico Varandas, que é médico de profissão e militar de carreira, é um dos reservistas que voltou ao activo após a convocação das forças armadas. Quem também respondeu a este chamado foi o novo líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos.

No que toca às grandes empresas portuguesas, a EDP, líder no sector energético no país, anunciou a aquisição de 50 ventiladores. A este material respiratório juntou-se uma doação, por parte de uma investidora chinesa que prestou a sua ajuda juntou a embaixada nacional em Pequim, de 75 unidades deste equipamento que virá no mesmo vôo onde segue uma compra de 10 milhões de dólares em material diverso feito pelo governo português e que chegará até ao final do mês de Março.

Cristiano Ronaldo e o super-agente Jorge Mendes ofereceram alas de cuidados intensivos totalmente equipadas a três hospitais, dois em Lisboa e um no Porto. O craque português e o seu agente capacitaram o hospital Santa Maria, um dos que está na linha da frente desde a primeira hora, com duas unidades completas, o que aumenta a capacidade deste centro hospitalar em mais de vinte camas. Para além das camas, também foram entregues ventiladores, batas e material de proteção variado e que pretende suprimir uma escassez de material que se começava a sentir em alguns hospitais, onde, segundo vídeos que circulam nas redes sociais, médicos e enfermeiros andavam com máscaras feitas de papel.

A Fundação Gulbenkian também prepara-se para ajudar com um fundo monetário de 5 milhões de euros para ajudar a sociedade civil a combater o Coronavirus. As restantes doações podem ser feitas directamente no site da Direção-Geral da Saúde (https://covid19.min-saude.pt/colaborar-com-o-sns/).

Já em Espanha, algumas das maiores empresas do índice Ibex, como é o caso da Telefónica, Iberdrola e BBVA, estão a ultimar um fundo de 150 milhões de euros para a compra de ventiladores e restante material sanitário para equipar da melhor forma os hospitais espanhóis e os lares de idosos, locais de alto risco que contam com uma grande taxa de mortalidade. Além do apoio monetário, estas multinacionais serão responsáveis pela logística que esta operação envolve.

A onda de doações efectuadas pela sociedade civil e empresarial ibérica está a ser repercutida um pouco por todo o mundo, com pessoas ligadas ao desporto, cinema e grandes empresários ou empresas, como é o caso de Bill Gates (da Microsoft) e do Facebook a darem passos solidários na luta contra um dos maiores desafios da história da humanidade.

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