A descida dos números em Portugal e a apresentação do plano de desconfinamento está a ter repercussões em vários países europeus.
O governo de Berlim retirou a proibição de transporte, independentemente dos meios usados, a todos os provenientes de território luso. O Alentejo, Centro, Norte e os Açores foram considerados pelas autoridades de saúde alemãs como «livres de risco». Já a Madeira, Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve continuam a ser consideradas como zonas de «risco» e como tal todos os que passem por estes locais e pretendam entrar em território germânico terão que continuar a apresentar um teste PCR (feito 48 horas antes da viagem) e cumprir quarentena. Esta medida não se aplica a quem passar pela Alemanha em trânsito. A fronteira com Espanha ficará fechada até a Páscoa e após a mesma será revista consoante os números.
O Reino Unido também vai retirar Portugal da «lista vermelha». Este anúncio ainda não é oficial mas deverá acontecer na próxima semana. Esta decisão acontecerá após uma petição online e vai facilitar a vida a milhares de pessoas que circulam entre os dois países e estavam a ser obrigados a uma quarentena de 14 dias que deveriam ser feitas em hotéis indicados pelo governo de Boris Johnson. O ministro dos negócios estrangeiros português, Augusto Santos Silva, foi sempre uma das vozes negativas a esta proibição e afirmou mesmo ser irónico que a mesma estivesse em vigor pois a variante dominante no país é a britânica.
Debate pelo futuro da Europa
Uma das grandes iniciativas que deverá marcar a presidência portuguesa da União Europeia é o debate sobre o nosso futuro. A Conferência sobre o Futuro da Europa para o primeiro-ministro português será uma data marcante para discutir a visão a adoptar para a Europa pós-covid. Úrsula Van der Leyen espera que esta Europa mais verde, digital e criativa possa conduzir a Europa de volta a liderança mundial e que ofereça uma melhor e mais justa perspectiva de futuro para os seus 450 milhões de habitantes.