Porto, a cidade Invicta que deu nome a Portugal

Os duzentos anos da primeira Constituição portuguesa ficaram com as comemorações adiadas devido ao Coronavirus

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No norte de Portugal, a cidade do Porto é a grande metrópole económica e cultural desde o início da nacionalidade, para a qual tanto contribuíram, isto desde a fundação do condado Portucalense até a revolução liberal, que teve o seu antecedente, em 1812, na cidade espanhola de Cádis. A cidade Invicta, que para além de ter ficado na história lusa também ficou na do Brasil, já que foi a partir desta localidade que a família real, que tinha ido para as Américas para fugir das invasões napoleónicas, que o constitucionalismo entrou no país.

O liberalismo portuense, que teve nos seus populares um grande apoio e que vários séculos depois continua a ser um dos grandes valores da cidade, foi influenciado pelas ideias originárias em Cádis e que levou a uma revolta que englobou todos os sectores da sociedade. Todos juntos exigiram a volta da família imperial ao país, uma constituição e a restauração da dignidade nacional, algo que vários séculos depois todos nós exigimos após a maior catástrofe de saúde do século XXI.

Revolução de 1820 ficou com as comemorações canceladas

No ano em que se iria comemorar os 200 anos da revolta liberal, e que iria marcar o ano na cidade do Porto com um conjunto de iniciativas que iria ter o seu momento alto no dia 24 de Agosto, o cartaz sofreu alterações devido a pandemia de Covid-19 instaurada no país e no momento. As celebrações foram adiadas para uma data mas oportuna mas como nada jamais apagará a história escrita na actual Praça da República, onde pelas 8 da manhã daquele dia, uma salva de artilharia tornou pública a “Junta Provisional do Governo Supremo do Reino” que voltaria a trazer de volta ao país a família real.

Para celebrar este movimento revoltoso, que em 1822 deu origem a primeira Constituição portuguesa, estavam programadas exposições em vários pontos da cidade (uma, a da Casa do Infante, foi inaugurada a 20 de Fevereiro), um lançamento de um livro da autoria do historiador José Manuel Lopes Cordeiro, ciclos de cinema e várias conferências. Só que enquanto o programa de comemorações do bicentenário não pode ser retomado e a cidade (re) visitada, conheça um pouco mais sobre os locais mais marcantes sobre esta revolta que começou por ser do Porto antes de se estender ao resto do país aqui:

 

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