Ser ou não ser presidente de todos os portugueses?

O debate dos afectos versus o nome que todos falam

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Com as eleições no fim do mês e as candidaturas atípicas a decorrerem, os debates presidenciais já estão a marcar as noites televisivas portuguesas. O debate mais esperado, e que foi fenómeno de audiências (o mais visto desde 2012) e que fez lembrar o famoso Soares vs Cunhal, envolveu o actual presidente da República contra André Ventura, deputado único do partido Chega na Assembleia da República.

O presidente/candidato, que naquela manhã fez dois testes a Covid-19 devido a um contacto com um infectado, foi colado pelo seu adversário (que nas sondagens aparece em terceiro lugar, bem perto de Ana Gomes) ao governo socialista, algo que não foi do agrado de Marcelo Rebelo de Sousa, que foi líder do maior partido de direita de Portugal, o PSD.

Rebelo de Sousa diferenciou-se de Ventura dizendo que os dois representam duas direitas diferentes, sendo a sua «uma direita social, do Papa Francisco, da doutrina social da Igreja» por oposição à «direita securitária, a direita do medo» que colou ao deputado do Chega.

Outro tema que repercutiu foi uma foto tirada por Marcelo Rebelo de Sousa, conhecido pelos seus afectos, no bairro social da Jamaica após um confronto com a polícia. Sobre esta temática, e onde André Ventura disse jamais andaria de «mãos dadas com o eleitorado de esquerda» e que se for eleito presidente será o presidente dos policias. Esta discussão entre os dois, onde Marcelo disse que a distinção feita pelo seu oponente naquela noite dizia tudo de si.

Uma das pessoas que não deixou passar este tema nas redes sociais foi o jogador do AC Milan, Rafael Leão, que relembrou que as pessoas que vivem nestes bairros são pessoas independentemente da sua cor.

A única convergência entre ambos os candidatos está na proposta de redução de deputadas na Assembleia da República.

As eleições vão acontecer?

Com o número de infectados a crescer e a possibilidade de novas medidas restritivas serem tomadas, as futuras eleições são questionadas.

Com álcool gel e luvas nas assembleias de voto e a possibilidade de aqueles que se encontram em quarentena em casa poderem votar de forma postal, a possibilidade do adiantamento do pleito eleitoral não é algo questionado pelo governo mas a candidata Ana Gomes, que durante vários anos marcou presença em Bruxelas, não se a esta possibilidade caso a mesma se transforme em realidade.

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