A pandemia levou as pessoas para casa, diminuiu o número de contactos sociais feitos e aumentou o isolamento social que as pessoas mais idosas já sentiam. Sem poderem ir aos centros de dia, jogar às cartas nos jardins públicos ou pura e simplesmente ir ao café para ler o jornal e falar com os amigos, muitos ficaram sem fazer e nesta situação o número de novas doenças mentais entre os mais velhos (e novos) acabou por aumentar.
Com as famílias e amigos longe, os contactos passaram cada vez mais a ser por uma via tecnológica, com os telemóveis, tablets e computadores a ganharem um local vital.
Estas novas tecnologias são muito ligadas aos jovens mas ganham uma cada vez maior importância para os idosos. Para ajuda-los numa melhor manipulação dos tablets, uma startup de Braga criou um interface que destaca-se dos restantes pela simplicidade do programa. Com poucos ícones e de tamanho grande, acaba por ser mais fácil para aqueles que mesmo com pouca experiência tentam manipular um tablet.
Feito por especialistas na área, o principal objectivo é que o idoso e o cuidador estejam em contacto permanente, logo dá para fazer videochamadas (e de voz) mas também é possível ouvir música, tirar fotografias e todas as outras habituais funções.
O trabalho do SENINC e do seu sistema operativo adaptado a idosos consiste em tentar apaziguar o isolamento social aguçado pela Covid mas quem em vários casos sempre existiu mas não era tão premente como actualmente.
Com larga experiência no mercado português, o próximo passo da «siosLIFE» passa para uma expansão para Espanha que servirá como ensaio para o salto para o resto da Europa.
