Durante três dias, e depois de alguma incerteza sobre a sua realização e se continuaria em Portugal (em 2022 o evento vai chegar a Tóquio), inovadores, empresários e líderes mundiais participaram em mais uma edição da Web summit.
100 mil pessoas, de 168 nacionalidades, estiveram, nos diferentes cantos do globo, presentes em talks onde ouviram e trocaram experiências que nos últimos anos têm acontecido presencialmente na FIL e na noite de Lisboa. Na Web sumitt participaram Malala, Chris Evans (o actor que interpreta o Capitão América), Jane Goodall (que trabalha com macacos), entre outros.
O primeiro-ministro António Costa foi um dos primeiros oradores desta Web summit completamente digital e numa mensagem previamente gravada exortou os participantes da maior conferência tecnológica do mundo a trabalhar em conjunto para que «o mundo pós-pandémico seja diferente. Cabe-nos assegurar que seja melhor». Falando nos melhores, o treinador português José Mourinho recebeu, do primeiro-ministro, o prémio «Innovation in Sport».
Inteligência artificial e Espanha prepara-se para ser uma nação empreendedora
Com a transição digital a fazer parte das agendas de todos os governos europeus, Carlos Moedas, ex-comissário europeu e actual administração da fundação Gulbenkian, revelou-se empenhado na criação de um hub de inteligência artificial em Portugal e existem conversas a decorrer para tal.
Já o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez aproveitou a sua presença nesta conferência, onde falou sobre a sua vontade de que Espanha seja «nação empreendedora» até 2030 e sem deixar ninguém para trás, para fazer um convite directo para os participantes investirem na nação e através da tecnologia ajudar a recuperar a economia. Sánchez também assinalou que 60% dos postos de trabalho criado por tecnológicas no país são empregos permanentes.
O investidor americano Tim Draper avisou que muitos negócios estão a sair da Silicon Valley e a Europa pode ser uma excelente escolha para os sedear. A remontada económica é esperada com o fim da pandemia e Tedros Ghebreyesus, o director-geral da Organização Mundial da Saúde, admitiu que a «inovação é necessária para procurar melhores diagnósticos, terapias e soluções escaláveis para salvar vidas».
Marcelo Rebelo de Sousa, tal como o autarca de Lisboa tinha feito dois dias antes, terminou a edição de 2020 da Web summit com a esperança que 2021 aconteça ao vivo ou até de uma forma híbrida. A maior conferência tecnológica do mundo estará presente em Lisboa até 2028 e o governo português português investe 11 milhões de euros por ano na mesma.