Marrocos junta-se a candidatura ibérica

A troca com a Ucrânia torna esta candidatura a primeira a unir a Europa à África

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Depois de algumas especulações, o Reino de Marrocos confirmou a sua entrada na candidatura ibérica ao Mundial de 2030. A junção de Marrocos a esta candidatura vai manter a coesão territorial entre os três territórios, apelar aos laços históricos e sociais existentes e afastar qualquer ónus político. No anúncio oficial, lido pelo ministro marroquino com a pasta do desporto em nome Rei Mohammed VI, lembrou-se que esta será uma candidatura sem precedentes já que vai «juntar África e a Europa, o norte e o sul do Mediterrâneo, mas também os mundos africano, árabe e euro-mediterrâneo. Irá também mostrar o que de melhor há em nós, com uma combinação de genialidade, criatividade e experiência».

O facto de os três países fazerem parte de confederações diferentes não levanta qualquer impedimento, como o próximo Mundial feminino, que vai acontecer na Austrália e na Nova Zelândia, apresenta. Marrocos poderia trazer para a candidatura ibérica votos da CAF. Só Marrocos vale 54 votos na CAF. Se houver um Mundial em Portugal, Espanha e Marrocos, este poderá acontecer como habitualmente é, no verão. Se esta candidatura for a eleita pela FIFA, ficará para a história como a primeira organização intercontinental de um Mundial.

A lei apenas diz que uma mesma confederação não pode receber duas vezes seguidas um Mundial. Esta entrada vai substituir a Ucrânia. Isto acontece, não só, pelo caso de corrupção que envolve o presidente da Federação Ucraniana de Futebol, mas também por não ser possível colocar um horizonte para o fim da guerra e uma recuperação total para ser sede de alguns dos jogos da maior competição de seleções do mundo.

No caso português, três estádios (Luz, Alvalade e Dragão) deverão receber até 16 jogos. Brevemente saber-se-á mais sobre o futuro da candidatura ibérica. Dentro de um ano, em 2024, será anunciada a candidatura que vai organizar o Mundial do centenário. Para além da candidatura ibérica, as outras candidatas são: Arábia Saudita, Egito e Grécia, por um lado, e Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai, por outro.

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