Portugueses e espanhóis reunidos em Cascais por um «futuro comum»

Presidente português e Rei de Espanha abriram o III Encontro Luso-Espanhol na vila de Cascais

Comparte el artículo:

O Rei de Espanha e o Presidente da República foram os responsáveis por abrirem a III edição do Encontro Luso-Espanhol, que foi celebrado na Casa das Histórias – Paula Rego (o projecto é da autoria de Souto Moura, que vai receber a Medalha de Ouro do Circulo de Belas-Artes de Madrid), em Cascais. O auditório Maria de Jesus Barroso, antiga primeira-dama de Portugal, encheu para ouvir falar sobre os principais desafios do século XII, um momento em constante mudança.

Este encontro, que juntou as mais altas individualidades de ambos os países, teve como objectivo discutir os desafios que este século nos apresenta.  Este encontro foi organizado pelas Fundações Duques de Soria (que tem como presidente honorária a Infanta Margarita) e D. Luis I. Esta iniciativa é realizada desde 2015. Foi em Cascais, onde «acabava a terra e começava o mar», como Camões dizia, que aconteceu este encontro.

Dirigindo-se a Felipe VI em espanhol, Marcelo Rebelo de Sousa começou por «expressar a admiração e o afeto do povo português». Marcelo Rebelo de Sousa referiu a história portuguesa. Esta começou, graças a geografia, como “filha” de Castela e tornou-se numa relação de amizade única no mundo com Espanha. O presidente enalteceu esta «amizade fraternal».

O presidente concorda com o monarca e olha para o futuro com um grande potencial. Para ambos basta haver vontade e um reforço comum. Isto vai permitir enfrentarmos desafios tão diversos como o a globalização (iniciada em território ibérico), Inteligência Artificial ou os efeitos climáticos. No fim deste encontro de dois dias pretende-se ter diagnósticos que facilitem o desenho de estratégias compartilhadas. «Temos a certeza de que com a inspiração de sua majestade e com o afinco e a excelência das duas fundações, será um êxito para as relações entre Portugal e Espanha», considerou Marcelo Rebelo de Sousa.

No discurso dito em Cascais, terra que recebeu a família real durante o período Franquista, o Rei Felipe VI ( está perante um difícil cenário político em Espanha) lembrou que as fronteiras nunca nos separaram ao longo da história que compartilhamos não só no espaço europeu como no ibero-americano. Neste espaço, onde se promove o conhecimento das diferentes áreas que marcam a vida em Portugal e Espanha, também foi lembrado D. Juan de Borbón, avó do monarca. O Rei vê com muita satisfação o facto dos dois países compartilharem uma visão semelhante nos diferentes espaços em que estão inseridos, como é o caso europeu, africano ou do Atlântico (como o Foro de La Toja demonstra).

«Permitam-me recordar que a portuguesa e a espanhola são duas sociedades ligadas por duas línguas que os especialistas definem como intercompreensiveis, que contam já com 800 milhões de falantes e que são, sem dúvida, uma das muitas forças da nossa coesão no plano internacional», salientou o monarca espanhol que viajou várias vezes, em criança, para Cascais.

 

Noticias Relacionadas

Elecciones en el «retalho» catalán

Los paralelismos entre Portugal y Cataluña son variados y significativos. El más conocido es el de índole histórica y se refiere a la época de