A comunidade de linces continua a crescer no território ibérico mas ainda não está totalmente salvo. Em pouco mais de dez anos já é possível encontrar estes animais na natureza a se reproduzirem. Depois de quase ter desaparecido, um dos mais característicos animais ibéricos está de volta ao seu habitat.
Ainda no início deste século, que ainda só tem 25 anos, havia menos de 100 animais e corria um forte risco de extinção. As populações locais (desde agricultores a caçadores) têm sido importantes para que os linces voltem ao território e se tornem uma mais-valia no ecossistema. Um dos principais problemas destes animais está no encontro com os seres humanos e os atropelamentos. A Infraestruturas de Portugal tem vindo a reforçar as medidas de proteção do lince-ibérico nas estradas lusas.
O lince-ibérico foi salvo da extinção mas o seu futuro continua incerto. Em 2024, havia mais de dois mil linces-ibéricos em todo o território e atualmente são considerados «vulneráveis» na Lista Vermelha elaborada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Silves é uma das zonas em Portugal onde nascem mais linces e em 15 anos foram 170 espécimes. Procuram-se voluntários para o centro que fica nesta zona algarvia.
Muito graças aos projetos de recuperação (que envolvem Governos e privados dos dois países) do lince ibérico que existem nos dois lados da Raia. Muitos destes programas têm sido financiados por fundos europeus, como é o caso da LIFE (Lynxconnect). Uma das regiões onde pode ser encontrados estes animais que nasceram em cativeiro e agora estão na natureza é em Castela-La Mancha.