Cinquenta anos do Movimento das Forças Armadas que mudou a face de Portugal

A celebração do encontro de Évora marca uma nova fase das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril

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A 9 de Setembro de 1973, um grupo de militares criava o MFA (Movimento das Forças Armadas), a força motriz por detrás da Revolução dos Cravos. Este foi o primeiro grande encontro do movimento que acabou por mudar o rosto de Portugal. O Movimento dos Capitães foi fundado por 136 jovens militares (incluindo Vasco Lourenço) que iniciaram a conspiração que ia derrubar o Governo de Marcello Caetano. O primeiro objectivo era demonstrar o descontentamento deste grupo de militares com a falta de oficiais nas diferentes frentes de combate em África, o que levou a que o prestígio das Forças Armadas estivesse em perigo.

Os 50 anos da criação do Movimento dos Capitães vai ser assinalado no sábado, no Monte do Sobral, em Viana do Alentejo. Estas celebrações, onde participa o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, vão contar com o lançamento de paraquedistas, o descerramento de uma placa evocativa e a inauguração do parque infantil “Liberdade”.

A celebração acontece no mesmo local onde foi realizada a primeira reunião clandestina deste grupo. A comemoração desta data marca uma nova fase nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, data que mudou não só Portugal como todos os países de língua portuguesa (excepção feita ao Brasil). As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril vão, segundo a comissária executiva Maria Inácia Rezola, vão durar até 2026 e cada ano tem um tema prioritário.

Para a comissária, os 50 anos são um momento fundamental para passar o testemunho sobre a «luta contra a ditadura e a construção da democracia» daqueles que viveram o Estado Novo para os jovens que já nasceram em democracia e apenas conhecem o que aprenderam nas escolas.

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