O livro História Global da Alimentação Portuguesa, coordenado pela historiadora Isabel Drumond Braga, defende o papel que portugueses e espanhóis tiveram, graças aos Descobrimentos, para intercambiarem alimentos em redor do globo. Para além dos alimentos, portugueses e espanhóis levaram conhecimentos e práticas de cozinha e de produtos que conheceram nos diferentes lugares onde estiveram.
Em Goa, os portugueses deixaram o vindalho, prato cujo nome tem origem no tempero tradicional de marinada em vinha d’alhos. Já no Japão temos a tempura que é a versão asiática do prato português peixinhos da horta. Este livro conta com 69 autores, 59 portugueses e 10 estrangeiros. Se atualmente temos na nossa alimentação o chá, chocolate, especiarias ou café, em muito devemos aos mercadores que levaram entre os continentes estes e outros alimentos.
Se o primeiro capítulo é dedicado a base da nossa alimentação, como é o caso do pão ou do queijo, ao longo deste livro destaca-se o papel do azeite português no mundo, a presença das tradições muçulmana (o uso de coentros é uma das influências que os árabes deixaram na nossa alimentação) e judaica na alimentação nacional ou o cultivo do vinho no Douro, a mais antiga região vinhateira.
Também é referida a técnica ancestral de conservação que os Romanos trouxeram para a Península Ibérica, a comida portuguesa no Brasil (como é o caso do pudim) ou a dieta mediterrânica. Esta é considerada a dieta alimentar mais saudável do mundo. O livro História Global da Alimentação foi lançado no El Corte Inglés, em Lisboa.