Em mais um 5 de Outubro, uma semana após as últimas eleições autárquicas, Portugal assinalou a Implantação da República. Na cerimónia de evocação, que aconteceu nos Paços do Concelho de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa pediu para que o 5 de Outubro seja uma data viva e não um ritual sem alma que junta um conjunto de políticos que lembram o golpe que levou a queda da monarquia e a ascensão de uma nova forma de governo e de uma bandeira diferente.
A bandeira azul e branca, as cores monárquicas, deram lugar ao verde e vermelho com as esfera armilar em amarelo. Todos os participantes concordaram com a necessidade de uma república mais viva e assente nos ideais iluministas de: liberdade, igualdade e fraternidade. Uma maior participação popular é pedida e estas autárquicas foram aquelas que tiveram uma maior participação de independentes e movimentos cívicos. O presidente também pediu novas alternativas políticas. André Ventura, do Chega, disse que este é um feriado com cada vez menos sentido devido a corrupção e ao estado em que está a democracia portuguesa.
Este foi o quinto discurso feito por Marcelo como chefe máximo da nação e também aproveitou a ocasião para relembrar a memória de Jorge Sampaio, contra quem concorreu na década de 90 para o cargo de presidente da autarquia de Lisboa. Neste 111.º aniversário, que juntou o autarca lisboeta cessante e o recém eleito, o presidente da República pediu a ajuda de todos os partidos políticos e presidentes camarários (inclusive aqueles que vão fazer o seu primeiro mandato) para criar um Portugal mais inclusivo e que graças aos fundos europeus entre a tempo no «novo ciclo da criação de riqueza». O Iniciativa Liberal pede «transparência e a correta alocação de recursos» dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que estes fundos não sejam um monopólio do PS mas que ajudem a reconstruir e desenvolver o país.
Um dos grandes objetivos de Marcelo Rebelo de Sousa é, até ao fim do seu mandato, terminar com o problema dos sem-abrigos e as bolsas de pobreza. Para ajudar a terminar com a pobreza sistémica está a ser pensada a possibilidade de criar a escolaridade obrigatória a partir dos 3 anos.