Em Toledo estão reunidos os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da UE. A reunião vai durar dois dias. No encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros vai participar o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell. Na cidade espanhola discutiu-se sobre a guerra na Ucrânia e os golpes de estado em diversos países africanos, como é o caso do Níger e do Gabão.
Quem também viajou para participar no “Gymnich”, em Toledo, foi o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Cravinho, que olha com preocupação para os temas em agenda. África (incluindo a região do Sahel) tem sofrido com o terrorismo, explosão demográfica e as mudanças climáticas. O que se passa em África é muito importante para vários países europeus, incluindo Portugal e Espanha.
Os dois países ibéricos participam em vários missões militares no continente. O papel de ponte de Portugal é visto como muito importante para aproximar cada vez mais o continente europeu ao africano e ao americano. Na reunião, enquadrada na Presidência Espanhola do Conselho da UE, foi presidida pela ministra da defesa Margarita Robles, também participou a sua homologa portuguesa, Helena Carreiras.
Robles pede que os ministros da defesa europeus se unem para ajudar África da mesma forma como tem feito com a Ucrânia, que terá mais apoio financeiro (5 milhões por ano) e uma maior instrução para os seus soldados. A Academia de Infantaria de Toledo já formou alguns soldados ucranianos. Uma união para o bem da Europa e de África. Para a ministra da defesa de Portugal, o mais recente golpe de estado no Gabão demonstra que a «UE tem de olhar para a segurança a 360 graus».
