Portugal assistiu a um casamento (quase real) que contou com a figura máxima da república

A noiva levou um vestido inspirado no da rainha Leticia e joias pertencentes a última rainha de Portugal

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Dois dias depois da celebração de mais um aniversário da implantação da República de Portugal, o Convento de Mafra (eternizado por Saramago no Memorial do Convento) recebeu um casamento real. A Basílica do Palácio de Mafra encheu-se de convidados para assistir a um enlace real, algo que não existia em Portugal há 28 anos. Se o anterior decorreu no Mosteiro dos Jerónimos, este foi em Mafra, terra que se encheu de bandeira monárquicas, que conviviam ordeiramente com a republicana verde e vermelha que ondulava orgulhosamente no topo deste palácio, e de populares que quiseram participar, de alguma forma, neste momento histórico. Momento esse que foi apadrinhado com a presença da coroa de Portugal que está aos pés da sua padroeira desde a restauração da independência.

Entre os convidados, que incluíam representantes de várias casas reais europeias com as quais os Bragança têm ligações sanguíneas, também esteve presente Marcelo Rebelo de Sousa (que teve um lugar de destaque ao lado da família real portuguesa) e o autarca de Lisboa, Carlos Moedas. O primeiro-ministro, António Costa, foi convidado mas, por motivos de agenda não compareceu. Na véspera, os convidados das restantes casas reais europeias estiveram num arraial onde puderam contactar de perto com algumas das coisas mais típicas de Portugal, como é os ranchos folclóricos ou os trajes que as mulheres de Viana do Castelo usam. A boda contou com com a presença de representantes das casas reais do Luxemburgo, Brasil, Liechtenstein ou de França. Espanha e o Reino Unido não marcaram presença.

A infanta Maria Francisca de Bragança (a filha do meio do herdeiro do trono de Portugal, D. Duarte Pio) casou-se com o advogado Duarte Maria de Sousa Araújo Martins. A jovem infanta levou um vestido de noiva inspirado no que a rainha Letícia de Espanha levou no seu dia de casamento, já no longínquo ano de 2004. As joias tal como o diadema (de grande valor histórico e monetário) foram as mesmas que a rainha D. Amélia, mulher e mãe do último monarca lusitano levou no dia do seu enlace, em que toda a portugalidade esteve representada (tal como atualmente).

A chegada da noiva aconteceu numa charrete puxada a cavalos lusitanos e a lua-de-mel vai acontecer em Marrocos, onde vão participar na ajuda ao país. O enlace português também foi abordado por meios de comunicação espanhóis, como é o caso da Hola ou a Vanitatis.

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