Portugal e Espanha enfrentam incêndios florestais

O sul da Europa não ardia tanto desde 2008, demonstrando o perigo do aquecimento global

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Com o incêndio em Odemira, que se iniciou em Castro Marim e já entrou em Monchique, Portugal juntou-se a lista de países no sul da Europa que estão a ver as suas zonas verdes a arder, o que está a preocupar a Comissão Europeia já que estas situações são mais constantes e até ao momento já arderam 430.000 hectares de área florestal em todo o continente. Este ano já ardeu o dobro do que costuma arder na União Europeia e o incêndio na Grécia, o maior dos que está activo no sul do continente, envolve uma resposta do Mecanismo de Protecção Civil da UE nunca antes vista.

O maior incêndio activo neste momento em Portugal, que engloba concelhos do Alentejo e do Algarve, ainda não levou a nenhum pedido de ajuda mas o satélite Copernicus tem estado a avaliar esta situação, demonstrando que as alterações climáticas podem levar a que as alterações climáticas prolonguem a época dos incêndios, que em Portugal se estende de Maio a Outubro. Desde os grandes incêndios de 2017, o governo português abriga a que todos os proprietários de terras devem limpar até 5 metros das estradas e quem não o fizer pode ser multado.

Espanha também pediu os mapas deste satélite europeu para avaliar os estratos provocados por incêndios, como é o caso do de Castela e León. Em Portugal, mais de 50 concelhos, de nove distritos diferentes, estão em alerta de risco de incêndio e as entradas para a serra de Sintra foram fechadas por precaução.

O incêndio de Odemira (em Beja) fez cinco feridos, um deles um jovem em estado grave, e está a ser combatido por 650 operacionais e 10 meios aéreos. Este fogo levou a que várias pessoas fossem retiradas das suas casas por precaução e as perdas económicas ainda não foram contabilizadas mas, segundo o Ministério da Agricultura, os agricultores afectados podem reportar os prejuízos para que possam ser ressarcidos.

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