RTTL e CPLP assinam acordo para dinamizar a língua portuguesa em Timor-Leste

Um dos objetivos deste acordo é capacitar a estação pública de TV para que esta consiga criar conteúdos 100% em português

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A CPLP e a televisão de Timor-Leste assinaram um acordo que tem como objetivo difundir a língua portuguesa neste país do sudoeste asiático. Onde ainda existem poucos quadros que falam português. A língua ainda é pouco falada fora da cidade. O português foi visto, durante o período de ocupação do país por parte da Indonésia, como uma foram de luta pela independência pois os guerrilheiros falavam em português para não serem entendidos pelas autoridades ocupantes. A língua e a religião (o Papa vai visitar o país em Setembro) foram usadas como forma de luta. Nas últimas eleições, os debates entre os candidatos foram feitos em português para aproximar todos. O português é uma das linguas mais faladas e o potencial de crescimento até ao fim do século é enorme, especialmente no continente africano (com Angola e Moçambique a servirem como «motor» para este crescimento).

Preparam-se fortes mudanças na televisão em Timor-Leste. O aprofundar da cooperação vai permitir uma maior integração do país na CPLP. «Timor-Leste é e será sempre um ator estratégico fundamental para a promoção e difusão da língua portuguesa, porquanto é um Estado-membro da CPLP que necessita de maior adoção e integração do idioma comum», afirmou Zacarias da Costa. «A CPLP goza hoje de maior prestígio e de uma considerável projeção internacional, favorável à internacionalização da língua portuguesa», defende o responsável máximo pela organização que representa todos os países de língua portuguesa.

Este acordo foi assinado no ano em que começam as comemorações dos 500 anos de Camões, figura que une toda a CPLP. O grande objetivo é criar em Timor um canal de televisão publica que emita totalmente em português. Algo que ainda não existe. O sítio da RTTL vai começar a disponibilizar conteúdos em português e trabalhar de perto com outras televisões públicas deste espaço, como é o caso da RTP. Habitualmente, vários profissionais de comunicação da CPLP fazem os seus estudos em Portugal ou no Brasil.

O memorando foi assinado na sede da CPLP pelos representantes das duas organizações. O acordo terá uma duração de três anos.

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