27/04/2025

Figuras de todo o mundo viajaram para o Vaticano para uma última despedida ao Papa Francisco

Católicos despedem-se do primeiro Papa que veio da América Latina e que pôs as periferias no centro do mundo

Comparte el artículo:

Bluesky Streamline Icon: https://streamlinehq.comBluesky

O último adeus ao Papa Francisco aconteceu após este ter sido visto por umas 250 mil pessoas, segundo dados da polícia, que visitaram o corpo do Papa que esteve 12 anos no Vaticano. Destes milhares de pessoas estiveram muitos portugueses e brasileiros. Mas para além do povo de todo o mundo, os chefes de Estado e de Governo de quase 200 nações também marcaram presença no Vaticano para o funeral oficial.

No funeral do Papa Francisco participaram vários chefes de Estado, incluindo o português Marcelo Rebelo de Sousa que esteve de olho no encontro que aconteceu na basílica de São Pedro entre Trump e Zelensky. O português considerou este momento «inspirador pela busca pela paz». E Marcelo também lembrou que este Papa era único e como tal vai ser difícil escolher o seu sucessor. Durante os mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa, o Papa Francisco esteve duas vezes em Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa foi três vezes ao Vaticano e a sua primeira visita de estado ao estrangeiro como chefe de estado foi ao estado que é o «coração» da Igreja católica no mundo.

No Conclave vão participar Cardeais de vários países, incluindo o Brasil, Espanha e Portugal. Da lista de 22 possíveis candidatos existe um português, o Cardeal Tolentino Mendonça (vencedor do prêmio Eduardo Lourenço) mas um outro dos votantes, o D. Américo Aguiar admitiu aos meios sentir «medo» pelo «peso» de escolher o próximo Papa.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, lembrou a dimensão totalmente «universal» do Papa. Um exemplo que pode e deve ser transplantado para a ação política. Na comitiva portuguesa que esteve presente neste funeral também esteve presente o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o ministro dos negócios estrangeiros, Paulo Rangel. No último funeral de um Papa no cargo, João Paulo II (Bento XVI morreu depois de ter abandonado o cargo), Portugal também mandou uma representação com as suas mais altas figuras do estado, incluindo um antigo presidente (Ramalho Eanes).

Para além da delegação oficial de Portugal, também estiveram presentes outros nomes lusos no Vaticano. Um deles foi o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Para Guterres, o Papa Francisco foi uma voz transcendente em prol da paz. António Costa e Ursula von der Leyen também estiveram presentes no funeral do Papa nascido na Argentina há 88 anos.

O casal presidencial brasileiro Luíz Inácio Lula da Silva e Janja também prestaram os seus respeito perante o caixão do Papa que fez a sua primeira visita oficial a terras de Vera Cruz. A comitiva espanhola foi composta pelos reis de Espanha, pelas primeira e segunda vice-presidentes do Executivo, María Jesús Montero e Yolanda Díaz, o ministro da Presidência, Félix Bolaños, e o presidente do Partido Popular (PP, direita), Alberto Núñez Feijóo. Todos estiveram presentes na missa que aconteceu na praça de São Pedro.

O Papa Francisco foi sepultado, de forma privada, na Basílica de Santa Maria Maior. Neste funeral privado participou o cónego português António Saldanha, da Basílica romana de Santa Maria Maior. Dois dias depois deste funeral, o episcopado português vai se reunir em Fátima.