Embaixador moçambicano em Espanha apela à coordenação académica com a lusofonía africana

Existem acordos universitários com o Brasil e Portugal, mas não com os países africanos de língua portuguesa

Comparte el artículo:

José Antonio Matsinha, embaixador de Moçambique em Espanha, participou com os outros embaixadores dos países lusófonos na abertura do II Fórum da Língua Portuguesa na Faculdade de Filologia da Universidade Complutense de Madrid. O embaixador moçambicano apelou a “alargar a África as alianças” que já existem entre a Universidade Complutense e Portugal e Brasil. Lembrou que muitos médicos moçambicanos se formaram em universidades espanholas.

Matsinha afirmou que, se um dia a língua portuguesa era “expansionista”, hoje é um idioma “global”. É uma língua que funciona como uma língua de “unidade nacional” em Moçambique, devido ao número de línguas indígenas existentes. Após a independência, “o português foi conquistado” pelos africanos, disse o embaixador. Referiu-se também à “estrutura linguística” do espanhol e do português, que têm “a mesma raiz”.

Damaso López García, vice-reitor de relações internacionais e cooperação da Universidade Complutense de Madri, afirmou que há uma história apócrifa da importância da intercompreensão do português e o espanhol em seu uso para tecer alianças na diplomacia internacional.

O embaixador de Portugal, Francisco Ribeiro de Menezes, observou a relevância da “aproximação” que diferentes instituições de língua portuguesa e espanhola estão fazendo ultimamente. O embaixador português felicitou-se por ter conhecido os seus colegas embaixadores lusófonos. Considera que “não se pode compreender” a Espanha sem Portugal e vice-versa.

Noticias Relacionadas