Lisboa assinala 10 anos de flamenco como património da UNESCO

Recital de “El Perrete” traz de volta a música a cidade após o silêncio imposto

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As restrições que a pandemia trouxe levaram a que grande parte dos eventos culturais tivessem que ser cancelados, adiados ou adaptados às novas normas. A 13.ª edição do Festival Flamenco de Lisboa este ano ia apresentar 16 concertos e assinalar os 10 anos do flamenco como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO (o fado comemorou o mesmo aniversário desta distinção há alguns dias) e relembrar a histórica apresentação que Enrique Morente, que cantou poemas de Federico García Lorca, teve em 2010 e que encheu o Teatro São Carlos.

A pandemia levou ao cancelamento da maioria destes concertos e das suas respectivas salas de espectáculos. Só que o silêncio vai ser interrompido no Festival de Flamenco pelo recital de Francisco Escudero “El Perrete”. O cantaor, que é uma das mais jovens e promissoras vozes do género, vai se apresentar na quinta-feira, pelas 19:30, no Museu Nacional de Arqueologia, na belíssima Praça do Império, em Belém, num recital com uma duração aproximada de 40 minutos. O primeiro disco do cantaor de 28 anos natural de Badajoz, “Quiso Dios”, foi lançado em 2017 e conta com a participação do reconhecido guitarrista Manuel Parrilla.

Desde 2008, pelos palcos lisboetas do Festival de Flamenco já passaram nomes como os de: Miguel Poveda, Carmen Linares, Miguel de Tena, Juan Manuel Cañizares, Fuensanta La Moneta, Pepe Habichuela, Estrella Morente, Farruquito, Jorge Pardo, Amós Lora, Javier Conde, Gerardo Núñez, Antonio Carbonell, Miguel ou Juan Vargas. O objectivo deste projecto é difundir o flamenco pelo país e por toda a lusofonia.

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