Aliança Ibérica para a Ferrovia pede que em 2030 se faça um «Mundial pelo Clima» recorrendo aos comboios de alta velocidade

Moedas e Ayuso pedem a ligação de Alta velocidade entre Lisboa-Madrid mas o presidente da FPF teme que a ligação da capital portuguesa com o Porto não esteja pronta a tempo de 2030

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Um dos objetivos da candidatura ibero-marroquina ao Mundial 2030 é fazer uma competição que seja «amiga do ambiente» e neste quesito o comboio vai ter uma grande importância. Algo que o presidente da FPF, Fernando Gomes, já tinha avançado numa conferência aprontando que as três capitais ficam a uma hora de distância umas das outras mas não consegue garantir que até 2030 haja uma ligação de TGV entre Lisboa e o Porto (Espanha e Marrocos já têm este comboio de alta velocidade). A candidatura ibero-marroquina já avançou com a possibilidade de a maioria das deslocações serem feitas recorrendo aos transportes públicos.

A Aliança Ibérica pela Ferrovia pediu, em Lisboa e em Barcelona, que o comboio seja «o principal meio de transporte no Mundial 2030». Para tal devem ser criados «bilhetes verdes» que funcionariam como um passe onde os bilhetes para os jogos iriam incluir os transportes públicos para as cidades e dentro delas. Isto a um preço inferior ao dos bilhetes normais. Já a travessia para Marrocos seria feita por via marítima, como já se faz a partir do Algarve.

Esta proposta foi apresentada pela Aliança Ibérica pela Ferrovia (da qual faz parte a portuguesa Associação Zero) tanto aos Governos de Portugal e de Espanha como às respetivas federações de futebol. A Aliança também espera que o Governo de Montenegro continue com os investimentos já previstos para a ferrovia. Duas das vozes políticas que mais têm pedido uma ligação de Alta velocidade entre Lisboa-Madrid tem sido o presidente da autarquia lisboeta, Carlos Moedas, e do Governo Regional de Madrid, Isabel Ayuso.

Esta iniciativa terá como nome “Um Mundial pelo Clima”. Os membros desta aliança esperam que o Mundial 2030 seja o primeiro a começar a reduzir a pegada carbónica que este tipo de eventos cria. Uma ação responsável pode começar com o uso de transportes públicos. No Foro de la Toja, o novo responsável pela diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, pediu a continuação da cooperação ibérica na luta contra as alterações climáticas. A Aliança Ibérica pela Ferrovia une 21 associações de ambos os lados da fronteira.

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