Lisboa vai viver a noite mais longa do ano, período em que as pessoas saem às ruas para celebrar o amor (não só a um parceiro mas também a vida). Na Sé de Lisboa foram feitos os habituais casamentos de Santo António, «abençoados» pelo autarca lisboeta Carlos Moedas. O autarca afirmou que estes casais agora estão casados, também, com a «cidade de Lisboa».
Já na parte da noite, a Avenida da Liberdade voltou a ser palco do desfile das marchas populares. Nestas marchas participam coletividades de todos os bairros da capital num concurso que em muito faz lembrar o que vemos todos os anos na Sapucaí. As origens das marchas populares estão na revista a portuguesa, forma de teatro popularizada em espaços como o Parque Mayer ou o Teatro Tivoli (dois espaços que ficam perto da avenida, onde todos os anos milhares de pessoas assistem a estas marchas). Estas festas têm cada vez mais um cariz intercultural e também iberista.
O Santo António celebrar-se um pouco por todas as ruas de Portugal com muita música e comida, incluindo as habituais sardinhas. Estas (que são mais pequenas) têm atravessado a fronteira de Espanha para Portugal.Em Portugal, o principal porto que descarrega este tipo de pescado é Sesimbra. 70% das sardinhas descarregadas nos portos da Galiza (e vendidas a menos de 1 euro) estão a vir para Portugal, onde costumam ser comidas com pão. O cheiro é um dos mais característicos do verão no país, algo que encanta portugueses e estrangeiros.
Esta data não é celebrada apenas em Portugal mas também no Brasil já que este dia é dedicado aos namorados. Não estejamos nós a falar de Santo António, o grande casamenteiro (mas não o patrono da capital portuguesa. Este é São Vicente). O Santo António dá início aos Santos Populares em Portugal e às Festas Juninas no Brasil. O Papa Francisco também evocou esta data e o Santo (nascido em Lisboa e que morreu em Itália) que protegia os pobres e sofredores.