Destino Fronteira – A Eurocidade Chaves-Verín

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O que nos leva a decidir o destino das nossas próximas férias, fim-de-semana ou um simples passeio de um dia? O que procuramos encontrar no local visitado? Relaxe, paisagem, um bom hotel com spa, boa comida, aventura, cultura ou história? Seja o que for, devemos variar nas nossas escolhas e nos nossos destinos para podermos vivenciar diferentes experiências.

O Destino Turístico é um espaço físico no qual um visitante permanece pelo menos uma noite, inclui produtos e recursos turísticos e possui uma delimitação física e administrativa que circunscreve a sua gestão. A fronteira é uma linha que separa o contacto com o outro lado da raia e revela a existência de uma descontinuidade entre os espaços de cada país, nomeadamente as referências sociais, culturais e políticas.

No entanto, o turismo de fronteira apresenta-se como um novo produto turístico gerando o seu próprio destino. É, assim, a união de duas regiões de dois países distintos, caraterizadas pelas suas próprias identidades que, através da supressão de uma linha, molda uma interculturalidade única que dá origem à sua própria fronteira. Identifica-se a criação da singularidade de um novo destino turístico que delimita as suas próprias linhas de união, em torno de um lugar que ergue a criação das suas próprias fronteiras.

Para um destino turístico transfronteiriço, a definição de fronteira, deixa de ser geográfica e, trata-se de um limite simbólico que gere as relações entre os dois lados. Partilha e concebe uma identidade cultural, social, político e económico de culturas de fronteira próprias e exclusivas como é o caso da Eurocidade Chaves-Verín: Destino Fronteira, que com a ajuda dos seus habitantes foi contando a história e salvando as memórias das vivências de outras épocas e, que hoje, nos proporciona um produto turístico ímpar vivo de um destino único de fronteira.

A oferta turística na região é vasta e única sendo um dos produtos turístico da Eurocidade Chaves-Verín mais conhecido a famosa Rota do Contrabando, que ao envolver geograficamente os dois lados da fronteira e os habitantes locais proporciona uma experiência que as suas próprias povoações vivenciaram em tempos passados e que faz parte da história cultural, social, económica e política da denominada Raia Seca.

Na criação de um destino turístico, especialmente de fronteira, é de extrema importância a cooperação, neste caso, transfronteiriça. Esta cooperação é especialmente essencial para o setor turístico, sendo mesmo fundamental para o desenvolvimento territorial da região de fronteira, estando neste processo envolvidos os governos, as comunidades e o setor empresarial dos dois países. Sendo de salientar a importância de toda a comunidade na participação ativa desta governança, de modo a tornar o destino turístico competitivo preservando o seu desenvolvimento sustentável, mas dando a conhecer os patrimónios histórico-natural e histórico-cultural deste destino maravilhoso de fronteira.

Ser destino de fronteira aumenta a sua atratividade, competitividade e fornece mais componentes de diferenciação através da junção de complementaridades e dos próprios contrastes exclusivos de cada lado da fronteira geográfica, quebrada pela união de um destino transfronteiriço, dando lugar a uma integração entre territórios.

Por essa razão, o processo de governança turística de um destino deve resultar da ligação entre o poder local, as comunidades e o setor empresarial, com vista a um desenvolvimento sustentável da região a nível económico, ambiental e social. A competitividade do destino deve prever a conservação do mesmo. As formas de governança devem ser conjuntas, prevendo a promoção conjunta, as políticas turísticas, a visão, a imagem e a marca, para posicionar o destino de forma única e inovadora no mercado turístico de destino fronteira.

O turismo fronteiriço é o deslocamento temporário que implica, pelo menos, uma pernoita em áreas contíguas à linha divisória entre países, por diferentes razões de lazer relacionadas com a atividade turística, sendo de destacar na Eurocidade Chaves-Verín o enoturismo, o turismo cultural, o turismo de natureza e o ex-líbris da região de fronteira: o turismo de água, como é o caso do produto turístico partilhado, a Rota Termal e da Água, em Verín – Chaves-Vidago.

 

Anabela Peixoto

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